Governo publica esta semana decreto proibindo a saída de pescado do Estado
A partir desta segunda-feira, 16, a saída intermunicipal do pescado que chega à capital pelo Ver-o-Peso passa a ser controlada pela Secretaria de Economia (Secon), da Prefeitura de Belém. O decreto assinado pelo prefeito Zenaldo Coutinho tem validade até o dia 4 de abril. Problemas técnicos atrasaram a publicação do decreto do governo do Estado que proíbe a saída de pescado do Pará durante o período que antecede a Semana Santa. O decreto estadual será publicado nos próximos dias. O diretor de Pesca e Aquicultura da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Ediano Sandes, explicou que a diferença de dias não interferirá no abastecimento durante o período.
“O abastecimento de pescado durante a Semana Santa para os paraenses será garantido por uma série de medidas adotadas pela Sedap e o decreto é apenas um delas. Também temos as negociações que estão sendo feitas com fornecedores e as feiras do pescado, que serão realizadas em 10 pontos da Região Metropolitana de Belém e em mais 50 municípios do interior nos dias 1 e 2 de abril”, afirmou Sandes, acrescentando que também do ponto de vista da fiscalização não haverá prejuízo para a população paraense. “Os órgãos de fiscalização já estão trabalhando em seus planejamentos e já tem experiência acumulada para deslanchar as operações, uma vez que o decreto estadual é uma ferramenta que vem sendo utilizada já há vários anos”, disse.
Nesta segunda-feira, na sede da Sedap, o diretor de Pesca e Aquicultura do órgão reuniu-se com representantes da Secretaria Municipal de Economia de Belém, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e do Sindicato dos Peixeiros para avaliar as medidas adotadas para garantir a oferta e equilibrar os preços do pescado na Semana Santa.
A pesquisa realizada pelo Dieese nas principais feiras e mercados da capital já aponta para a redução de alguns preços. Do total de 30 espécies de pescado pesquisados pelo Dieese, 16 apresentaram redução nos preços médios de venda ao consumidor no mês de fevereiro. Entre elas, algumas de grande consumo, como a dourada, que teve queda de 7,26% no preço ao consumidor, a pescada branca (-3,46%), a pescada gó (-4,13%) e a piramutaba (-5,48%). “É claro que não podemos dizer que esses preços vão continuar caindo, uma vez que dependendo da oferta e da demanda eles podem variar para mais ou para menos”, afirmou o supervisor técnico do Dieese, o economista Roberto Sena.
Para tentar estabilizar os preços, o governo do Estado está organizando as feiras do pescado. Elas serão realizadas nos dias 1 e 2 de abril. Apenas em Belém devem ser comercializadas mais de 120 toneladas de pescado, com capacidade para aumentar esta quantidade para até 200 toneladas, caso haja procura expressiva dos consumidores. No interior do Estado a meta é oferecer 300 toneladas de peixe.
Confira abaixo os locais da Região Metropolitana onde serão realizadas as feiras do pescado:
Centur
UEPA
Santuário de Fátima
Aldeia Cabana
Parque de Exposições do Entroncamento
Ginásio Poliesportivo de Ananindeua (Abacatão)
Paróquia de São Domingos Gusmão
UFPA
Praça Matriz de Ananindeua
Emater