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FPMAC tem início com foco em transparência, adaptação climática e avanços do Plano Estadual Amazônia Agora

Evento em Belém marca cinco anos da política de mudanças climáticas e reforça ações de mitigação, adaptação e controle social

Por Jamille Leão (SEMAS)
17/12/2025 14h09

A segunda edição do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática (FPMAC) 2025 teve início nesta quarta-feira (17), em Belém, reunindo representantes do poder público, instituições de pesquisa, sociedade civil e setor produtivo para debater os avanços e desafios da política climática estadual. Promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), o evento aborda os cinco anos da Política Estadual sobre Mudanças Climáticas (PEMC) e reforça o compromisso do governo do Pará com a transparência, o controle social e o fortalecimento das ações de mitigação e adaptação às mudanças do clima.

Na abertura do fórum, a secretária-adjunta de Gestão de Águas e Clima da Semas, Renata Nobre, destacou que o FPMAC vai além de um evento técnico e se consolida como um espaço institucional de prestação de contas à sociedade. Segundo ela, o encontro anual é o momento em que os órgãos do Estado apresentam os avanços, os resultados e os desafios da política climática paraense, fortalecendo a participação social e o acompanhamento das ações públicas.

Renata ressaltou que os resultados da PEMC dependem de uma atuação integrada entre diferentes secretarias, órgãos e instâncias de governança, chamando a atenção para a necessidade de avançar nas ações de adaptação climática, diante dos impactos já observados no território paraense. “Avançamos de forma significativa em políticas de mitigação, com resultados importantes na redução do desmatamento, mas o cenário atual exige que amadureçamos e fortaleçamos as estratégias de adaptação”, afirmou.

Plano Estadual Amazônia Agora abre os debates do fórum - a programação teve início pela manhã com o painel “Plano Estadual Amazônia Agora: um case de sucesso na trajetória do Pará na transição para uma economia de baixo carbono”, que reuniu gestoras responsáveis pela implementação de instrumentos estratégicos da política climática estadual. Além de Renata Nobre, esteve presente a secretária-adjunta de Bioeconomia, Camille Bemerguy; Adriene Lima, coordenadora de Planejamento de Estratégias da Diretoria de Planejamento Estratégico e Projetos Corporativos (DPC); e Luciene Chaves, diretora da Diretoria de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (DIREH).

Durante o painel, Camille Bemerguy apresentou os avanços do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), destacando o papel do instrumento como eixo estruturante da transição para uma economia de baixo carbono, com foco na valorização da biodiversidade, na inclusão social e no fortalecimento das cadeias produtivas sustentáveis no Pará.

Adriene Lima apresentou as metas e os resultados do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), com destaque para os números alcançados em 2025. Segundo os dados apresentados, o plano ampliou de forma expressiva o volume de investimentos, o número de pessoas beneficiadas e a quantidade de negócios apoiados, evidenciando o alinhamento do PEAA com o planejamento governamental e com as metas climáticas do Estado.

Já Luciene Chaves abordou a água como vetor estratégico de resiliência climática para o Pará. Em sua apresentação, a diretora destacou os impactos das mudanças climáticas sobre o ciclo hidrológico amazônico e apresentou um panorama geral da situação hídrica do Estado. Luciene ressaltou, no âmbito da gestão de recursos hídricos, os investimentos em monitoramento, planejamento e fortalecimento da governança hídrica, fundamentais para garantir segurança e enfrentar os efeitos da crise climática.

Neutralidade climática e adaptação como prioridades - no fechamento do painel, a secretária-adjunta Renata Nobre reforçou que o PEAA tem como objetivo central contribuir para a neutralidade climática do Pará, por meio da redução das emissões de gases de efeito estufa aliada ao desenvolvimento socioeconômico. Ela destacou ainda que o Estado trabalha para ampliar o financiamento voltado à adaptação climática e fortalecer ações relacionadas ao uso da terra e florestas, incentivando a bioeconomia.

Segundo Renata, o desafio do próximo ciclo é avançar de forma integrada, combinando mitigação e adaptação, com políticas públicas capazes de responder aos impactos já em curso e, ao mesmo tempo, preparar o Estado para cenários futuros.

O FPMAC 2025 segue com programação ao longo desta quarta e quinta-feira, com painéis temáticos, apresentações técnicas e debates voltados à adaptação climática, governança, financiamento ambiental, bioeconomia e gestão de recursos hídricos. Os interessados ainda podem participar do evento realizando a inscrição presencialmente no local, durante os dias de programação.