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Seap deflagra 9ª fase da Operação Mute e reforça controle do Estado no sistema prisional

Ação nacional da Senappen mobiliza forças especializadas no Pará para bloquear comunicações ilícitas e ampliar a segurança nos presídios.

Por Márcio Sousa (SEAP)
26/11/2025 12h59
Fotos: Elielson Modesto - Seap-PA

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) deu início, nesta quarta-feira (26), à 9ª fase da Operação Mute em todo o território paraense. As equipes realizam revistas estruturais com foco na apreensão de celulares, armas e materiais ilícitos que podem ser usados para ações criminosas no país. No Pará, a operação segue sem registrar ilícitos dentro das suas unidades. 

A iniciativa integra a força-tarefa nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que concentra esforços no combate ao crime organizado dentro das unidades prisionais.

A operação ocorre simultaneamente nos 27 Estados e no Distrito Federal. No Pará, o ponto central das atividades foi o Complexo Penitenciário de Santa Izabel, onde as ações começaram ainda nas primeiras horas da manhã, sob coordenação da Secretaria Adjunta de Gestão Operacional (Sago) da Seap. No local, o titular da Sago, Ringo Alex Rayol Frias, acompanhou o trabalho das equipes e reforçou que “a importância da operação Mute, busca neutralizar a comunicação interna dentro do cárcere com o mundo exterior”.

Fotos: Elielson Modesto - Seap-PA

Ringo Alex destacou que a legislação que proíbe celulares no cárcere orienta diretamente esse tipo de operação. “Isso no sentido de impedir, neutralizar e encontrar qualquer objeto que não seja permitido dentro do ambiente carcerário. O ambiente carcerário é território exclusivo do Estado e quem manda é o Estado. Então, o Estado tem a competência, a atribuição e a prerrogativa de fiscalizar, de controlar e manter a disciplina dentro do ambiente carcerário para que as pessoas privadas de liberdade não venham cometer novos crimes dentro desse ambiente que é exclusivo do Estado”, afirmou.

O trabalho das forças especializadas reforçou a operação. A comandante do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP), policial penal Eslaine Almeida, explicou que a tropa de elite atuou em todas as unidades do Estado.

“O Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) contou com um efetivo de 18 operadores no Complexo, onde foi executada uma revista minuciosa, em conformidade com os protocolos estabelecidos pela Seap”, detalhou.

Fotos: Elielson Modesto - Seap-PA

No Comando de Operações Penitenciárias (Cope), o capitão QOPM Ismael Alcântara ressaltou a prioridade em identificar possíveis equipamentos de comunicação ilegal. “E dentro dessa atividade, nós hoje destacamos cerca de 24 operadores do Cope, imbuídos dessa missão de revista. E até o momento, nenhum equipamento, até o momento, nenhum aparelho telefônico foi encontrado”, afirmou.

Para ele, o resultado reforça a eficiência dos procedimentos aplicados diariamente pelas unidades prisionais. “Então mais um dia produtivo, mais um dia que a gente tenha certeza de que o trabalho das especializadas, o trabalho do policiamento ordinário tem sido bastante eficiente, bastante objetivo dentro dos objetivos que são previstos pela secretaria”, completou.

O Grupamento de Busca e Recaptura (GBR) também integrou a força-tarefa. O comandante, policial penal Richard Leão, enfatizou a atuação conjunta das três tropas especializadas da Seap, GAP, GBR e Cope, na contenção das ilicitudes.

“E o GBR, mais especificamente, atua também, apesar de nossa atividade mais intensa ser atividade de fiscalização extra-muros, mas também atuamos quando as operações ocorrem no intra-muros, dentro do cárcere. Então, mais uma vez, a gente tem contribuído e, graças a Deus, estamos tendo um resultado efetivo hoje, mais uma vez”, avaliou.

Fotos: Elielson Modesto - Seap-PA

Entre os servidores, a operação foi recebida como reforço importante na segurança cotidiana. O policial penal Da Silva, que atua na Unidade de Reinserção de Regime Semiaberto (URRS) de Santa Izabel, destacou os efeitos práticos da ação.

“É uma forma muito eficaz, a gente conseguiu efetuar toda a revista, não encontramos nada de ilícito em nenhuma das galerias. É uma unidade grande, e graças a Deus foi feito da forma correta, da forma eficaz, e não foi encontrado nada de ilícito”, relatou.