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Cultura encanta público no último dia do Festival Carimbó na Estação das Docas

Festival Carimbó do Meu Pará animou a semana do publico que visitou a Estação

Por Fernanda Scaramuzini (Pará 2000)
24/11/2025 08h48
Rosângela Monteiro participou todos os dias do Festival na Estação das Docas em Belém

Centenas de pessoas marcaram presença na Estação das Docas durante os dias do Festival Carimbó do Meu Pará. Neste domingo (23), a programação encerrou com chave de ouro, com apresentações do Grupo Frutos do Pará, Ayrakyrã e da banda Fruta Quente, que contagiaram os visitantes reunidos para curtir o melhor da cultura paraense.

O pôr do sol no complexo ocorreu ao som do Grupo Frutos do Pará, que, por meio de danças, contou uma parte da história da cultura paraense e fez com que  pessoas de todas as idades se rendessem aos ritmos que tomaram conta do complexo.

Maria Eduarda com a mãe curtiram os ritmos paraenses no anfiteatro da Estação das Docas

Maria Eduarda, estudante de 16 anos, estava acompanhada de sua mãe durante o evento e é apaixonada pela cultura paraense. “Eu amo muito o carimbó. As danças me fazem muito bem porque eu danço, então a dança me faz bem desde sempre, desde que era pequenininha. Gosto muito de ver quando as pessoas se expressam dançando”, explica.

“Eu fiz da arte a razão do meu viver. O grupo já tem 33 anos e eu fico muito feliz todas as vezes que vimos para a Estação das Docas. Nós fomos um dos primeiros grupos a se apresentar nesse espaço, então toda vez que nos chamam eu fico gratificada, porque é a continuação do nosso trabalho. Esse palco aqui é extraordinário”, conta Iracema Oliveira, de 88 anos, diretora do grupo Frutos do Pará e de outros segmentos artísticos.

Logo após, o Movimento Moda Paraense trouxe o desfile “Amazônia e Resistência” para o palco do anfiteatro, com o objetivo de apresentar criações de artistas nortistas e conceitos de estética, formas, biomateriais e paletas de cores da região amazônica, além de democratizar e popularizar a moda do Norte.

“O objetivo do movimento é mostrar que aqui também tem moda. Nós somos assim: gostamos de cores, gostamos de estampas, gostamos de sementes, de colares grandes, é a estética amazônica. Então, queremos mostrar que aqui tem, sim, moda. Trabalhamos muito a questão do design em sociedade e cultura, e do ecodesign voltado à sustentabilidade e inovação dentro dessa proposta. Queremos fazer isso crescer no estado, para que mais e mais pessoas se interessem por criar moda, desenvolver produtos, acessórios, bolsas, sapatos, tudo com biomateriais que nós temos na Amazônia”, afirma a estilista e professora de design Alcimara Braga, idealizadora do desfile.

Grupo Ayrakyrã apresentou uma sequência de ritmos fortes e dançantes para a alegria geral

O grupo Ayrakyrã chegou agitando pessoas de todos os lugares do mundo. Aayush, indiano de 24 anos, conta que visita o Brasil e Belém pela primeira vez e que está encantado com a energia da população. “Essa cidade é muito vibrante, sinto como se fossem uma grande família. Eu amo as pessoas daqui, fico dançando o dia inteiro, eu amo tudo”, afirmou com entusiasmo.

E, para fechar de forma única essa semana cheia de musicalidades, a banda Fruta Quente subiu ao palco com um repertório recheado de músicas .

Banda Fruta Quente

Rosângela Monteiro não perdeu um dia do Festival Carimbó do Meu Pará. “O Pará está de parabéns pelos eventos que está fazendo dentro do nosso estado com a COP30. Foi tudo de bom. As pessoas, com certeza, levaram uma boa impressão de nós, paraenses. Eu fico muito feliz com a programação da Estação, ainda mais porque é perto da minha casa, então consigo vir sempre,”

CARIMBÓ DO MEU PARÁ

O evento foi realizado com patrocínio da Equatorial Pará e apoio institucional da Organização Social Pará 2000, da Fundação Cultural do Estado do Pará (via Lei Semear) e do Governo do Estado.

Texto de Bianca Portela, estagiária Ascom OS Pará 2000