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Oficina de artesanato com fibra natural capacita moradores do Bengui

A oficina visa fomentar o desenvolvimento econômico e social por meio da geração de renda e valorização da produção artesanal local

Por Aldirene Gama (SEDEME)
19/09/2025 17h04
A capacitação teve como foco o uso da malva amazônica, cultivada em mais de 20 municípios paraenses

Vinte moradores do bairro Bengui concluíram, nesta sexta-feira (19), a oficina de artesanato realizada na Usina da Paz Pe. Bruno Sechi, em Belém. A capacitação teve como foco o uso da malva amazônica, uma fibra natural e sustentável cultivada em mais de 20 municípios paraenses, principalmente nas regiões de Integração Guamá e Guajará, onde são abrangidas todas as etapas de produção, do plantio da semente à colheita. Promovida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), em parceria com a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), a oficina teve início na última terça-feira (16), com carga horária total de 32 horas.

A iniciativa integra o Programa Territórios pela Paz (TerPaz), do governo do Pará, e tem como objetivo fomentar o desenvolvimento econômico e social por meio da geração de renda e valorização da produção artesanal local.

O objetivo da atividade é fomentar o desenvolvimento econômico e social

O secretário da Sedeme, Paulo Bengtson, destaca a importância de fortalecer a economia criativa como estratégia para incentivar o empreendedorismo e promover a geração de emprego e renda. Segundo ele, o conhecimento adquirido nas oficinas é uma ferramenta poderosa para transformar realidades e contribuir diretamente para o desenvolvimento socioeconômico sustentável.

Maria Raimunda Barbosa, uma das concluintes da oficina, compartilhou sua experiência com entusiasmo. Ela conta que esta foi a primeira vez que participou de um curso de artesanato com o uso da malva amazônica. “Já fiz outros cursos aqui na Usina, como culinária e corte e costura. Trabalho com vendas de café e vejo nos cursos da Usina uma oportunidade de aprendizado. Quem sabe, futuramente, eu possa investir também na área do artesanato, que é algo que eu gosto muito. Essa oportunidade, oferecida pela Sedeme em parceria com a CTC, é mais um passo importante que posso dar na minha vida. Cada curso é uma nova chance de aprender e crescer. Tenho 66 anos e sigo aprendendo”, destacou. 

A gerente industrial da Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), Rita Queiroga, salientou as principais técnicas aplicadas nos cursos oferecidos pela empresa no projeto Usinas da Paz: corte, costura, colagem, bordado e crochê, utilizando fios naturais, tingidos e tecidos diversos.

Segundo Rita, a aprendizagem é uma forma essencial de valorizar o talento que os alunos e alunas já trazem consigo. “A conquista do certificado de capacitação abre portas para oportunidades reais, inclusive acesso a linhas de financiamento em bancos credenciados para esse tipo de empreendimento. Com isso, a geração de renda torna-se uma realidade concreta para muitas famílias. A  CTC tem o privilégio de participar deste projeto, transformando vidas e construindo sonhos — mudando o mundo com atitudes reais”, frisou. 

Aos 66 anos, Maria Raimunda Barbosa concluiu a oficina com entusiasmo e esperança

Sobre a CTC

Criada em 1966, a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), localizada no município de Castanhal, é a maior fabricante de artigos de juta das Américas, tendo como principais produtos as sacarias para café, telas de artesanato, chapelaria e decoração, fios para tecelagem, indústria de calçados, armarinhos e outros.  A indústria conta com mais de  mil colaboradores que produzem mais de 10 mil toneladas de fibras por ano. 

Incentivada pelo governo do Estado, via Sedeme, a Companhia Têxtil também é parceria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico na realização de cursos para a produção de itens artesanais a partir da malva e juta, uma iniciativa que faz parte do Programa Territórios Pela Paz (TerPaz).