Laboratório de Genética Forense realiza coleta de perfis genéticos de custodiados em 9 municípios do Pará
A coleta, neste ano, iniciou em abril, com equipe de peritos criminais que se deslocaram por unidades prisionais nos municípios de Santa Izabel, Mocajuba, Paragominas, Abaetetuba, Tucuruí, Redenção, Parauapebas, Cametá e Breves

Peritos criminais que atuam no Laboratório de Genética Forense, da Polícia Científica do Pará (PCEPA), já realizaram 11 coletas de DNA em custodiados para o Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG). As coletas fazem parte de uma ação integrada da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio da Diretoria de Assistência Biopsicossocial (DAB), e a PCEPA.
Foram 933 coletas só neste semestre. “A meta que o BNPG nos repassa é de mil coletas por ano, então o fato de conseguirmos quase bater a meta anual em poucos meses é muito positivo”, comentou gerente do Laboratório de Genética Forense e administradora do Banco de Perfis Genéticos no Pará, Elzemar Rodrigues.
A coleta, neste ano, iniciou em abril, com equipe de peritos criminais que se deslocaram por unidades prisionais em 9 municípios paraenses, como Santa Izabel, Mocajuba, Paragominas, Abaetetuba, Tucuruí, Redenção, Parauapebas, Cametá e Breves.
Atualmente, há 10.615 cadastros no Banco Nacional de Dados de Coleta de Material Genético, coletados nos últimos 10 anos nas unidades prisionais do Pará. “É importante essa coleta não só para identificar os crimes, mas para que possamos inibir situações futuras, porque a partir do momento que eles sabem (custodiados) que o seu perfil está ali, eles também ficam receosos de cometer novos crimes e ter sua identificação”, explicou a gerente.
Segundo o XXII Relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, de maio deste ano, o BNPG já apresentou mais de 10 mil coincidências.

Cenário nacional - O objetivo é enviar informações ao Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), para que haja comparação do DNA das pessoas privadas de liberdade com os vestígios genéticos encontrados em cenas de crimes, na busca de provas materiais que podem contribuir para elucidação de crimes.
As amostras de DNA são coletadas por meio da suabe (material absorvente preso a uma haste), passado na boca para extração da saliva. Após o trabalho técnico minucioso feito pelos auxiliares de perícias e por peritos criminais, os dados são inseridos no BNPG. Ocorrem buscas em bancos de outros estados e Distrito Federal, além das buscas com perfis encaminhados por outros países, via Interpol.
“Para nós, da Polícia Científica, é muito importante realizarmos este tipo de procedimento junto com os peritos do nosso Laboratório de Genética Forense em parceria com a Seap, pois além de alimentarmos o banco de perfil genético nacional, teremos um arsenal de DNA pronto para comparar qualquer vestígio, e com isso ajudar a solucionar e reduzir os índices de criminalidade no nosso Estado e no Brasil”, ressalta o diretor-geral da PCEPA, perito criminal Celso Mascarenhas.
Texto: Amanda Monteiro/Ascom PCEPA