Ações de proteção à floresta são destaque no Dia da Amazônia
Uma das maiores riquezas da humanidade e a maior reserva natural do planeta, a Amazônia é a grande homenageada neste 5 de setembro. O Dia da Amazônia surgiu como uma forma de chamar a atenção para esse bioma e alertar a população e autoridades sobre o processo contínuo de degradação da floresta e a importância de se criar mecanismos que a protejam.
Esse é um dos principais desafios que o governo do Pará enfrenta e nesse sentido caminham as políticas públicas desenvolvidas por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), com ênfase no enfrentamento ao desmatamento e recuperação de áreas degradadas na floresta Amazônica. A região, que é uma importante fonte de biodiversidade, é constantemente alvo de organizações criminosas que atuam com a compra e venda ilegal de madeira extraída da floresta.
Antes de qualquer ação de combate ao desmatamento, seja ela de caráter fiscalizatório ou de monitoramento, a Semas executa preventivamente ações de Educação Ambiental. Palestras, cursos, oficinas, seminários, workshops, capacitações profissionais e outros instrumentos disponíveis com este fim são ampla e intensivamente utilizados pela Semas para promover a conscientização e incentivar a sociedade a atuar como parceira nas ações protetivas.
Já no que diz respeito às ações diretas de combate ao desmatamento, destinadas a proteger efetivamente o bioma amazônico, o governo do Estado desenvolve políticas públicas que vem se comprovando eficazes, como a Agricultura de Baixo Carbono (ABC), Plano Estadual de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento no Pará (PPCAD), Programa Municípios Verdes (PMV), Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a Lista de Desmatamento Ilegal (LDI).
Além disso, a Secretaria está investindo em novas tecnologias de monitoramento. Em breve será implantando o Sistema de Monitoramento Georreferenciado para os Planos de Manejos Sustentáveis no Pará, por meio do qual será possível acompanhar todo o trajeto da madeira extraída da floresta.
Seminário Amazônia Sustentável – O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado, Luiz Fernandes Rocha, participou na última sexta-feira, 4, do seminário “Amazônia Sustentável”, que antecipou as comemorações pelo Dia da Amazônia. Os debates se basearam na Carta Encíclica “Laudato Si – Cuidando da Casa Comum”, publicada pelo Papa Francisco. O evento foi promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará (OAB-PA), com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Escola Superior de Advocacia (ESA), Universidade da Amazônia (Unama) e Comissão de Meio Ambiente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PA).
Durante a programação, Luiz Fernandes comentou os reflexos da questão ambiental que recai também sobre a segurança pública. “É muito interessante o conteúdo da encíclica, visto que nos chama à responsabilidade. Temos muito discurso, mas ainda pecamos pela falta ação, de efetividade para resolver o problema da desigualdade social, por exemplo. O governo do Estado tem trabalhado muito nisso, porque sem resolver a questão da pobreza e desigualdade, não é possível avançar no restante. Nossa atuação tem se dado no sentido de investir na descentralização da gestão ambiental, para que os municípios façam sua parte, e também em ações de comando e controle, para autuar os responsáveis pelo desmatamento. Por outro lado, apoiamos aqueles que têm mantido a floresta em pé”, destacou.
Operações – Neste ano a Semas, em parceria com a Polícia Civil do Pará, deflagrou duas operações onde 28 pessoas foram presas acusadas de participarem de organizações criminosas que vinham desmatando uma grande extensão da floresta e cometendo outros crimes ambientais.
As ações “Crashwood” e “Amazônia Legal” foram responsáveis por frear as atividades ilegais destas organizações, garantindo a efetiva proteção da floresta. As operações de fiscalização também foram intensificadas. Somente este ano, a Semas realizou 86 delas em todo o Estado, sendo que 40 foram executadas no âmbito da proteção à flora, 36 do combate à poluição e degradação e 10 na fauna e pesca.