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MEIO AMBIENTE

Pará trabalha na preparação da COP 21 para redução do aquecimento global

Por Redação - Agência PA (SECOM)
05/10/2015 17h42

A redução do aquecimento global é um dos maiores desafios deste século para o planeta. Essa pauta foi uma das principais motivações da Aliança pelo Clima e Uso da Terra (Clua) e da Comunicação e Direitos (Andi) ao promoverem, no fim de setembro, em Brasília, evento direcionado à preparação de jornalistas para a 21ª Conferência do Clima (COP 21), que ocorre em dezembro, em Paris, com o tema "COP 21 em pauta: As metas do Brasil para o acordo em Paris. Vantagens competitivas na nova economia de baixo carbono". A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) representou o Pará no evento.

Segundo os organizadores, a COP 21 será a maior conferência do clima já realizada, em que 194 países fecharão as bases do acordo que substituirá o Protocolo de Kyoto – assinado em 1998, no Japão, para reduzir emissões de gases poluentes causadores de efeito estufa e do aquecimento global – visando limitar o aumento da temperatura mundial em 2°C até 2100.

O evento reuniu especialistas de instituições de ensino superior e de pesquisa, de organizações não governamentais, representantes da iniciativa privada e de governos para avaliar o processo internacional com diferentes abordagens e identificar as oportunidades para o país. Devido à dimensão da questão e à relevância da COP 21, a qualificação esclarece as mudanças climáticas, a ambição das metas e o papel do Brasil, para preparar jornalistas sobre o tema que estará em pauta até o final do ano.

O secretário adjunto da Semas, Ronaldo Lima, representante do governo estadual no evento, destacou na apresentação que o Pará vem intensificando ações e esforços no combate ao desmatamento. Ele explicou os dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que indicam que a taxa de desmatamento no Pará caiu 79%, saindo, em dez anos, de 8.870 km², em 2004, para 1.887 km² no ano de 2014.

A explanação do adjunto da Semas ainda avaliou que a diminuição do desmatamento converge às metas e compromissos assumidos para a preservação da região amazônica, embutidos no Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento (Ppcad) do Pará, que prevê até 2020 redução de 80% da taxa anual de desmatamento, em relação à média dos desmatamentos entre 1996-2005, que será alcançada com a continuidade das ações de combate e controle ao desmatamento no Pará.

O secretário adjunto também mostrou avanço no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O Pará, líder no Brasil em número de registros, tem 70% de CAR nas áreas cadastráveis no Estado e apresenta 107 municípios, dos 144 existentes, que aderiram ao Programa Municípios Verdes (PMV). “Contudo o Pará ainda precisa evoluir até o ano de 2020 e implementar o Desmatamento Líquido Zero, que é a compensação das áreas de supressão vegetal pela restauração de áreas já desmatadas. Para isso é necessário uma nova fase que estimule um novo ambiente de negócios na Amazônia através de uma economia sustentável, que fortaleça áreas como serviços ambientais, geração de energia, mineração, agronegócio (com o projeto de Agricultura de Baixo Carbono) e a agricultura familiar entre outros”, resumiu Ronaldo Lima.

A presidente Dilma Rousseff anunciou em evento preparatório à COP 21, no último dia 27 de setembro, na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em Nova York (EUA), as metas brasileiras de redução de emissões de gases do efeito estufa, que incluem zerar o desmatamento ilegal na Amazônia e reflorestar doze milhões de hectares até 2030.