Uepa inaugura museu da escola de enfermagem com acervo de 50 objetos
Vestimentas das primeiras enfermeiras, quadros com momentos marcantes do curso, peças em inox, vidro e porcelana e muita história para contar ao longo dos 71 anos da enfermagem no Pará. Todo esse regaste de objetos e documentos históricos integra o Museu da Escola de Enfermagem Magalhães Barata, inaugurado na manhã desta terça-feira (10), no campus IV da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no bairro do Guamá, em Belém.
O museu abre as portas à comunidade acadêmica e aos visitantes como o primeiro do Norte do país. Trata-se de um marco na história da graduação mais antiga da Uepa. Os mais de 50 objetos catalogados começaram a ser reunidos há dez anos, durante as comemorações de 60 anos da escola. Na época, foi organizado o Memorial "Edilma Massarandura", hoje atual museu, em homenagem à estudante de enfermagem vítima de acidente de trânsito.
"Nosso museu não vai se limitar ao espaço físico que hoje se inaugura. Nossa escola como um todo guarda muita história. Nosso sonho é hoje uma realidade muito importante para nós que amamos a escola e amamos a enfermagem. Ele vai servir de espaço não só para alunos, mas para toda a sociedade. O espaço é nosso", disse a professora Simone Beverly Nascimento.
Além da guarda e exibição de coleções de interesse artístico, cultural e científico, o museu é mais um espaço para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão em enfermagem. Para a aluna do mestrado em enfermagem e egressa da Uepa Dianne Costa, trata-se também de um ambiente de recordação familiar, pois mãe e tia também se formaram na tradicional escola. "A boneca com as vestimentas e a lâmpada são os dois maiores ícones da enfermagem, e já estava implícito na minha família. O museu resgata essa história, traz grandes contribuições com a trajetória da implantação e a vivência para consolidar a enfermagem no Pará. Resgata também o nome Magalhães Barata, que é uma referência não só regional, mas nacional", enfatizou.
O reitor da Uepa, Juarez Quaresma, destacou a importância histórica da escola e a necessidade de investir na recuperação do local. "Por que um museu? Porque é com a história que se aprende, e a história da enfermagem ensina todos os cursos da área da saúde nesse Estado, porque é pioneira. Se o museu é uma realidade, a geração futura tem obrigação de estudar, e vocês, alunos, têm um grande acervo para contar história e gerar trabalho de conclusão de curso e tese de mestrado", afirmou.
"Temos um prédio antigo, que nos dá muito orgulho. Se perguntarmos aos acadêmicos, professores e aos servidores se querem sair dessa 'casa velha', todos dirão não. A nossa casa faz parte da nossa identidade, e é nela que aprendemos a ciência e a arte de cuidar das pessoas e da sociedade", frisou a coordenadora do curso de enfermagem da Uepa, Terezinha Vieira.
Além da inauguração do museu, a programação dos 71 anos da graduação e da escola seguiu com mesa redonda sobre Ética na Enfermagem, com a presença do presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e professor da Uepa, Mário Antônio Vieira.