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HC e Ophir Loyola garantem captação de rins para transplante

Dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) revelam que mais de 40 mil pessoas aguardam por um transplante de órgão no Brasil

Por Marcelo Leite (COSANPA)
05/11/2021 10h56

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), mais de 40 mil pessoas aguardam por um transplante de órgão no Brasil, e para elas, a principal alternativa ainda está na receptação de órgãos doados por outras pessoas vivas ou falecidas, nesse último caso, após o diagnóstico de morte encefálica conforme padrões definidos pelo Conselho Federal de Medicina e a permissão dos familiares. 

No Pará, a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC) com perfil assistencial de alta e média complexidades em cardiologia, nefrologia e psiquiatria, tem um quadro de usuários cadastrados, alguns, à espera de transplante, principalmente, os que têm diagnósticos com doença renal crônica. 

Em Belém, na madrugada da última quarta-feira (3), o HC mobilizou seus profissionais para uma cirurgia de captação de rins para doação, após a autorização da família de um dos pacientes. O procedimento durou pouco mais de três horas e foi realizado no bloco cirúrgico do HC, com a participação de profissionais da instituição em parceria com especialistas do Hospital Ophir Loyola (HOL), uma das referências em transplante renal no Estado atualmente.

Médica intensivista e diretora assistencial no Hospital de Clínicas (HC), Alessandra Leal explicou a importância da realização da cirurgia diante do perfil do atendimento do hospital. “Em função das doenças renais, cardiológicas ou psiquiátricas que nossos pacientes, muitos deles não se enquadram nos parâmetros de doação. No entanto, sempre que há uma possibilidade e o consentimento da família, estamos prontos para atuar no que for preciso para a captação”, explica a diretora.  

Ivete Vaz, diretora-presidente no HC, destacou também a parceria com outras unidades de referência para a garantia dos serviços públicos de saúde e funcionamento das diferentes frentes de rede de atendimento. “Esse tipo de situação mostra o quanto estamos preparados para contribuir com a rede de atendimento e os resultados que podemos alcançar a partir desse trabalho em equipe com outros hospitais. Nesse caso, garantimos um procedimento seguro que, em breve vai salvar vidas de outras pessoas”, pontua a gestora. 

Captação e transplante

Atualmente, o Pará realiza transplante de rim, tecidos oculares (córnea e esclera) e medula óssea em três hospitais na capital; um, em Santarém; e outro, em Redenção. A captação de órgãos e tecidos ocorre principalmente em Belém e Santarém, em locais onde é possível fazer os procedimentos legais, como o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência de Ananindeua, Hospital Regional do Baixo Amazonas e Hospital Municipal de Santarém, instituições que mais fazem doação de múltiplos órgãos. Já o Hospital Ophir Loyola, o Instituto Médico Legal (IML) e o Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinott, são os locais que mais efetivam doação de córneas no Estado.