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Curso abordou a importância de valorizar a primeira infância

Por Redação - Agência PA (SECOM)
23/02/2017 00h00

A primeira infância, que vai de zero e 6 anos de idade, é um período crucial na vida da criança, pois tudo que está relacionado ao desenvolvimento físico, emocional e social começa nesta fase. Para discutir a importância do tema, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), promoveram em Belém a capacitação de multiplicadores do programa Criança Feliz. O curso foi encerrado nesta quinta-feira (23).

O programa – que tem adesão de 89 municípios paraenses – foi instituído pelo governo federal no fim do ano passado com o objetivo de fortalecer as políticas públicas para a primeira infância e promover o desenvolvimento infantil. No próximo dia 6 de março, o ministro Ormar Terra estará em Belém para lançar o programa junto aos municípios que aderiram à ação.

Nos últimos dez dias, os técnicos das secretarias estaduais de assistência social do Pará e Tocantins participaram de aulas teóricas e práticas, com visitas aos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), creches e unidades de saúde, para aplicação dos conhecimentos adquiridos. O curso objetivou formar multiplicadores que serão responsáveis em transmitir as informações às equipes municipais, compostas por supervisores e visitadores, que priorizarão o atendimento à primeira infância. A capacitação teve como base principal o manual “Cuidados para o Desenvolvimento da Criança”.

Segundo a ministrante da capacitação, Carmem Brito, do Instituto Alfa e Beto, foram criados os comitês gestores interministerial, estadual e municipal, com a participação de órgãos das áreas de saúde, assistência social, educação e cultura. “Eles estarão responsáveis por monitorar e avaliar o impacto dessa política de atendimento e assistência à criança na primeira infância”, disse.

“Esperamos que o ‘Criança Feliz’ contribua com o trabalho que já fazemos aqui, visando a garantia de direitos das crianças. O programa vai colaborar para o desenvolvimento da criança de forma integral, em todos os aspectos da vida: social, afetivo, familiar, educacional e cognitivo. Tudo isso colabora para que a criança esteja fora dos riscos sociais”, afirmou a pedagoga e técnica do serviço de convivência e fortalecimento de vínculo do Cras Barreiro, Kely Souza.

Desempenho - Para o sociólogo Luiz Carlos Figueiredo, da Seaster, que acompanhou uma das visitas ao Cras, a capacitação é importante para a implantação do programa. “Ganha-se conhecimento e se amplia o horizonte, já que a metodologia é diferente do que já trabalhávamos e poderá ampliar a atuação nos municípios. O programa vai ajudar a fortalecer os vínculos e melhorar as condições de afetividade entre as crianças e famílias”, destacou.

A autônoma Daila Farias, mãe de crianças assistidas pelo Cras Barreiro, apontou a importância do projeto para as atividades dos filhos no espaço. “Tenho três filhos, um de 7 e um de 2 anos e uma de 1 ano e meio. Todos frequentam atividades do Cras. Percebi grandes melhorias, principalmente com o mais velho, que melhorou o comportamento na escola e em casa. Por isso acredito que um programa que assista a criança desde pequena vai ajudar a evitar o caminho errado”.

A metodologia do programa consiste em orientações para o cuidado com o desenvolvimento da criança. O visitador vai até a casa da família semanalmente e orienta o responsável pela criança sobre os cuidados com ela por meio de conversas e brincadeiras.

“Com o lúdico e atividades comunicativas, esperamos que essas crianças cresçam mais desenvolvidas social e emocionalmente, para que estejam mais preparadas. Estamos começando essa experiência no Brasil, mas isso já foi feito em outros países, porque essa metodologia é do Unicef, que, juntamente com a Organização Mundial da Saúde (OMS), elaborou, testou e aprovou o método. Existem resultados como o da África, onde crianças que começaram a ser acompanhadas desde os 2 anos de idade foram as que mais estudaram, que tiveram os melhores empregos. São mais bem desenvolvidas emocionalmente e cognitivamente em relação às que não participaram da interação”, ressaltou Carmen Brito.