Cohab dialoga com movimento que ocupou residencial no Guamá
A direção da Companhia de Habitação do Pará (Cohab) esteve reunida na manhã desta segunda feira (20) com uma comissão do Movimento Sem Teto Guerreiros de Deus, que liderou ontem (19) a ocupação do Conjunto Liberdade, no bairro do Guamá.
Cerca de 500 famílias participaram da ocupação, mas o Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado e conduziu o processo de negociação com as famílias, que acabaram desocupando a área.
Durante o encontro na manhã de hoje a presidente da Cohab, Lene Farinha, informou que foram grandes os prejuízos após a ocupação. "Pessoas acabaram se aproveitando da invasão para saquear os prédios, incluindo o escritório do canteiro de obras, de onde foi furtado até um computador". Ela lembrou que as unidades do conjunto Liberdade já tem destinação. "Já temos famílias aguardando para serem beneficiadas com esse empreendimento. Todas já são cadastradas pelo governo".
O empreendimento habitacional está em obras, sob a responsabilidade da Companhia de Habitação, aguardando somente a conclusão de serviços que viabilizem o abastecimento de água da área, para que as as primeiras unidades sejam entregues, já no mês de abril. A previsão da Cohab é que até o segundo semestre o empreendimento habitacional esteja pronto para ser repassado ao novos moradores.
Lene Farinha destacou que no ano passado nenhuma entidade comunitária do Pará se credenciou ao Programa Minha Casa Minha Vida Entidades, uma linha de financiamento que prevê recursos federais para a construção de empreendimentos habitacionais. Ela disponibilizou uma equipe técnica para auxiliar o Movimento dos Sem Teto a elaborar um projeto, a fim de que se credenciem junto ao Ministério das Cidades.
"Existe um recurso federal que se propõe a atender as entidades, mas é preciso apresentar um projeto consistente. Portanto, eu coloco à disposição de vocês uma equipe técnica nossa para ajudá-los a desenvolver esse projeto", propôs a titular da Cohab.
A ajuda foi aceita pela comissão, que deverá levar o resultado da reunião para as demais famílias que compõem o movimento. Segundo eles, a depredação ao canteiro de obras, escritório e unidades habitacionais no Conjunto Liberdade foi de responsabilidade de vândalos que se infiltraram no movimento.
Vandalismo e furtos - Com a saída dos invasores do Conjunto Liberdade, a construtora entrou no local com sua equipe de vigilância e detectou vários danos, depredações e roubos às instalações do canteiro, ao escritório da administração, ao almoxarifado, ao refeitório e também às unidades habitacionais, onde portas, vasos, esquadrias, instalações elétricas e hidrossanitárias foram danificados.