Voluntários se preparam para a festa de abertura do Parazão 2020
Os trabalhos de roçagem, limpeza e pintura no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, estão a todo vapor. Aos poucos, o grande palco da 107ª edição do Campeonato Paraense vai sendo preparado para entrar em clima de festa, motivação que já está sendo sentida por voluntários que irão se apresentar na abertura do campeonato, marcada para este domingo (19), minutos antes da primeira partida entre Remo e Tapajós.
Os ensaios para a apresentação cultural, que durará cerca de 15 minutos, já começaram no pátio externo do estádio e, nesta sexta-feira (17), foi a chance de entrar no Mangueirão e ensaiar no gramado. Contagiados com a emoção, eles aproveitaram uma pausa no ensaio para tirar uma selfie dentro do estádio.
“Desde o convite que nos fizeram eu já estava ansiosa. Outro dia viemos aqui, mas não pudemos entrar porque estavam limpando. Hoje eu pisei no gramado e ensaiar ali teve outra uma energia muito boa”, disse a voluntária e dona de casa, Fernanda Cardoso.
“Emocionante. É uma emoção diferente”, disse outro voluntário, o vendedor, Jocelino Cunha.
O Diretor Técnico da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEEL), Erivelto Pastana, sem querer entregar todos os detalhes da apresentação, conta que “teremos todos os clubes paraenses representados pelos voluntários que invadirão o gramado embalados pelo grupo musical Arraial do Pavulagem”.
A grandiosidade do estádio não causa só euforia nos 60 voluntários, coreografados pela professora e técnica em gestão de esportes, Karina Prado. Ao receber as orientações, eles entendem a importância de se familiarizar com o tamanho do espaço.
“A coreografia é tranquila, o que é difícil mesmo é ter noção de dimensão, de como se deslocar no campo. O estádio é grande”, disse Fernanda.
Assim como Fernanda, Jocelino trabalha como voluntário em um projeto social no bairro onde mora. Ele veio com os filhos e alguns jovens da comunidade. O projeto foi integrado às ações do Territórios pela Paz (TerPaz) e foi daí que surgiu o convite para participar do evento no domingo.
“A gente trabalha no projeto ‘Nossa História’ no bairro do Sideral, onde atendemos crianças e adolescentes com atividades como balé e karatê. E participar de mais esse evento faz parte do nosso trabalho. É muito gratificante contribuir com a sociedade”, enfatiza o comerciante que trouxe os dois filhos, Kauan, de 15 anos, e Júlio César de 12 anos.
Com nome de jogador, Júlio César, diz ser apaixonado por futebol, joga nas posições de atacante e meia. Mas ele nunca tinha ido ao Mangueirão. A estreia foi marcante e já provocou ansiedade para assistir o jogo no domingo.
“É uma oportunidade que eu estou ganhando. Fiquei feliz porque é a primeira vez, e ainda mais na abertura. E vou assistir o jogo de camarote”, disse o menino, que é torcedor do Paysandu, mas afirmou que não tem problema. “ Vou secar o Remo, né!?’.
E como todo time tem o seu mascote, na equipe de voluntários da abertura do Parazão não foi diferente. Quem se destacou pelo foco e determinação foi a caçula da turma, Jéssica Veloso, de 5 anos. Aluna de ballet da professora, Adriele Nabate, que também faz parte do projeto social da Cabanagem. “Temos 108 meninas que fazem balé lá, nem todas puderam vir. As crianças amam quando a gente fala que têm apresentação em algum lugar. E através do TerPaz temos essa oportunidade. Aqui no Mangueirão é outra experiência, elas se animaram. Para nós é tudo novo. Tem que repetir, repetir para tudo dar certo. O nervosismo sempre vem, é normal sentir na hora, mas é levantar a cabeça e deixa rolar. Porque esse é o momento, nem dormimos direito de tanta ansiedade”, disse Adriele, que também se voluntariou para a abertura do Parazão.
Com nervosismo ou sem nervosismo, a pequena Jéssica tem certeza que vai dar o seu melhor no domingo para um público de 45 mil pessoas no Mangueirão. “Vai ser lindo, é bem legal e divertido. Todo mundo vai aplaudir a gente e vamos fazer tudo ficar muito bonito”, finalizou.