Ufra celebra 68 anos com entrega de outorga Doutor Honoris Causa
O governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, juntamente com o vice Lúcio Vale, participou, na manhã desta quarta-feira (17), da entrega de outorga Doutor Honoris Causa, concedida pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), a Anivaldo Vale. A cerimônia ocorreu na sede na universidade, como parte das comemorações dos 68 anos da instituição.
“A presença do governador e do vice-governador engrandece ainda mais esse evento, mostra que o governo do Estado reconhece a importância da Ufra. O governador já vem contribuindo com a essa instituição desde os ministérios da Pesca, da Integração Nacional e dos Portos. É uma pessoa que sempre reconheceu na Ufra como parceira importante para o Estado e, hoje, na função de governador, tem enfatizado em todos os momentos que ela é possível e necessária”, disse o reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia, professor Marcel do Nascimento Botelho.
O reitor destacou ainda três momentos importantes para universidade: primeiramente, comemorar o seu aniversário, que são 68 anos de história de educação superior de qualidade na Amazônia; segundo o reconhecimento e gratidão por quem defendeu a tese de que a Ufra é importante para a Amazônia. Por fim, outorgar o grau de Doutor Honoris Causa para Anivaldo Vale. “É uma gratidão e reconhecimento muito importante para todos, enquanto universidade”, enfatizou.
O chefe do Poder Executivo, Helder Barbalho, destacou a importância da universidade e a satisfação em participar da cerimônia de outorga. “Estar nessa casa, onde muitos jovens realizam o sonho de começar a carreira profissional, me deixa muito feliz. A Ufra tem papel fundamental na formação educacional e ética de muitos cidadãos. E participar de um evento tão bonito, de tanta significância, que é a homenagem ao ex-deputado Anivaldo Vale, me deixa engrandecido. Meus parabéns à universidade e ao homenageado”, disse.
Na cerimônia, estiveram presentes também o ouvidor geral do Estado, Arthur Houat, o presidente do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Bruno Kono, o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Carlos Maneschy, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Iran Lima, o presidente do Banpará, Braselino Assunção, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, além de deputados estaduais e federais.
Outorga – O título honorífico é uma tradição das universidades que remete à Idade Média. Universidades medievais elaboravam procedimentos especiais para outorgar graus acadêmicos, dispensando os procedimentos e requisitos normais. O título é concedido a personalidades que tenham se destacado pelo saber ou pela atuação em prol das artes, das ciências, da filosofia, das letras, promoção da paz, de causas humanitárias, por sua boa reputação, virtude, mérito ou ações de serviço que transcendam famílias, pessoas ou instituições, servindo de exemplo para a comunidade acadêmica e para a sociedade em geral.
Para o professor e ex-reitor da Ufra, Manoel Tourinho, o título é um resgate da história da universidade. “A universidade tem uma história muito bonita e deve a Anivaldo Vale, quando ele era deputado, a sua transformação. Se Anivaldo não tivesse nos ajudado, provavelmente, hoje nós continuaríamos como faculdade de ciências agrárias. E como faculdade há toda uma limitação de crescimento, de interiorização, de cursos”, explicou. “Foi muito importante a transformação, como importante foi, hoje, 17 anos depois de criada, outorgar a ele o título de Doutor Honoris Causa. É importante, é o reconhecimento da universidade daqueles personagens que são parte da nossa história”, destacou.
O termo “Honoris Causa” vem do latim e significa “por causa de honra”. Trata-se da maior honraria existente no meio acadêmico. Historicamente, o Doutor Honoris Causa recebe o mesmo tratamento e privilégios que aqueles que obtiveram um Doutorado Acadêmico de forma convencional. Esta é a segunda outorga de Doutor Honoris Causa concedida pela Ufra. A primeira foi entregue ao professor Rubens Lima, ex-diretor da Fcap (atual Ufra). Durante a cerimônia, o homenageado recebe as vestes talares, que fazem parte do ritual, compostas pela beca, a samarra e o capelo.
Homenageado, Anivaldo Vale falou da surpresa e da representação da honraria. “Representa muito para mim e para minha família. Recebo com humildade e estou realmente emocionado nesse momento, porque a história da universidade se confunde com os interesses maiores do Estado e da Amazônia. A Ufra tem esse papel extremamente formidável, que é de iniciação do conhecimento, do saber, dando oportunidade para as pessoas menos favorecidas de cursar um curso acadêmico bancado pelo estado brasileiro, na formação de cérebros inteligentes e não parados, não só para o presente mas para o futuro da Amazônia”, finalizou.