Imetropará inicia fiscalização em empresas de extintores de incêndio
O Instituto de Metrologia do Estado do Pará (Imetropará) iniciou na última segunda-feira, 12, uma operação de fiscalização nas empresas que comercializam e recarregam extintores de incêndio veiculares. Ao todo, dez empresas da Região Metropolitana de Belém serão visitadas até a sexta-feira, 16.
No primeiro dia de ação, os agentes do órgão visitaram duas oficinas recarregadoras de extintores de incêndio veicular localizadas nos bairros do Tapanã e da Sacramenta, que não apresentaram nenhuma irregularidade. O objetivo da vistoria é evitar que as empresas façam a recarga dos extintores tipo P1 (utilizado em carros) com carga de pó ABC após o prazo de validade destes equipamentos - que é de cinco anos.
O gerente de qualidade do Imetropará, Jorge de Figueiredo, explica que os cilindros dos extintores ABC para carros não são recicláveis e, com o fim da vida útil, devem ser descartados. "Obrigatoriamente, o extintor para veículo de porte pequeno deve ser descartado. Em nenhuma hipótese deve ser recarregado", reforçou.
Jorge reforça, ainda, que todas as empresas que trabalham com manutenção ou recarga de extintores precisam estar credenciadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). "O produto precisa apresentar o selo de conformidade do Inmetro. Essa é uma condição indispensável”, disse.
O agente fiscal Jorge Alan, que participou das visitas, orienta ao consumidor para que fique atento a outros itens de segurança, como a presença do anel de manutenção (em 2013, na cor verde) e o prazo de validade do produto. "Na hora da compra, o consumidor deve estar alerta a quatro itens de segurança: lacre, selo, etiqueta e quadro de instruções. Além de verificar o estado geral do produto, que não deve apresentar marcas de ferrugem e nem estar amassado, é preciso atestar se a empresa tem registro no Inmetro", alertou.
Uma das empresas vistoriadas foi a SOS Extintores, na Sacramenta. O responsável técnico pela oficina, Ruy Flores, explica que o extintor de incêndio do tipo ABC é mais eficiente. “O cilindro ABC custa, em média, R$ 70,00 enquanto que o BC custava R$ 40,00 o cilindro e a recarga saía a R$ 10,00. Só que a relação custo- benefício deste último não compensava. A vantagem do extintor ABC é que ele combate incêndios em diversos tipos de materiais e situações, como no caso de panes no sistema elétrico”, observa.
Vale conferir
Além de conferir se as empresas que comercializam extintores de incêndio estão credenciadas pelo Inmetro, o consumidor deve observar as indicações de conformidades do extintor. As sinalizações obrigatórias são:
* Selo de Identificação da Conformidade (confere ao produto a certeza do registro da empresa junto ao Inmetro). O selo é a garantia que a empresa responsável foi inspecionada pelos órgãos de controle competentes. A inspeção é realizada nas empresas e nos pontos de venda;
* Anel de Identificação Externa de Manutenção (certifica que o extintor de incêndio foi desmontado para a realização da manutenção);
* Etiqueta autoadesiva (fixada no corpo do extintor de incêndio indica a empresa que prestou o serviço, o tipo de serviço, garantia, mês e ano da próxima inspeção);
* Quadro de Instruções (traz as informações de operação do produto);
O Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro ressalta que o extintor de incêndio de CO² deve ser inspecionado a cada seis meses; enquanto os de água ou pó químico devem ser vistoriados anualmente. Já para os extintores de automóveis o prazo indicado é de três meses.