Simão Jatene defende qualidade e austeridade no gasto público
“Ser novo não é ser ‘de novo’. Ser novo é ser melhor. É ser maior. É ser crível. É ser confiável para se manter confiante. É ressuscitar a inquietude sem abrir mão da temperança”. Esta frase do discurso de posse do governador Simão Jatene, ocorrida na manhã desta quinta-feira (1º), na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), resume a prioridade do terceiro mandato dele à frente do Poder Executivo - um feito inédito na história do Pará. A novidade dos próximos quatro anos, de acordo com o governador, será a capacidade de a máquina administrativa tornar-se mais eficiente e enxuta, e a opção pela qualidade do gasto público, sem concessão ao desperdício ou desvios de qualquer espécie.
Simão Jatene e Zequinha Marinho assinaram o termo de posse e fizeram o juramento no plenário da Assembleia. Na mesa da sessão solene, presidida pelo deputado Márcio Miranda, estavam ainda o senador Flexa Ribeiro e a presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento.
Com um discurso sereno e conceitual, Simão Jatene evitou polêmicas, mas deixou marcada sua posição em favor do relacionamento positivo com os deputados estaduais, “independentemente da cor partidária”, aos quais agradeceu pela compreensão do momento delicado que circunda a economia nacional, com reflexos no nosso Estado. Ele não deixou também de cobrar de todos, inclusive do próprio governo, a correta aplicação dos recursos e o cumprimento das obrigações do serviço público, sem esperar por bônus. “O maior bônus nós já recebemos: foi o reconhecimento e a confiança que nos permitiram ter a honra de ocupar cargos públicos. O pós-eleição é o momento de exercitar não os nossos quereres, mas os nossos deveres”, afirmou o governador. Antes de Jatene se pronunciar, o presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda, antecipara a declaração de boa vontade com o governo, também demonstrada com a aprovação recente da reforma administrativa proposta pelo Executivo.
O governador reafirmou a sua disposição em tornar mais ágil, mais abrangente e mais eficaz o serviço público estadual, ao mesmo tempo em que o Estado busca retomar a governança sobre suas riquezas minerais, a fim de aumentar a arrecadação própria e reduzir a dependência de transferências da União.
“Músico por vocação, professor por formação e político por conspiração do destino”, como ele próprio definiu, Simão Jatene ganhou aplausos ao incorporar no discurso versos da música “Começar de Novo”, de Ivan Lins, para reiterar que a sociedade deve acreditar nos seus sonhos, pois só assim "começar de novo vai valer a pena".
Após a cerimônia no plenário da Assembleia Legislativa, o governador e o vice, Zequinha Marinho, caminharam em direção ao palanque montado em frente ao Palácio Lauro Sodré, onde houve a aposição da faixa governamental.