Mães educadoras são exemplo de parceria pela qualidade de ensino
“Vai, estudar, menino!”.Quem nunca escutou essa frase quando era criança? A maioria dos brasileiros, em particular os paraenses, sim. E a orientação partiu, em 99% dos casos, das mães, sempre querendo o melhor para os rebentos. Se eles ouviram ou não o chamado é outra história, mas ela estava lá, sinalizando o caminho para quem estava em fase de crescimento.
Com essa atitude, as mães são o começo da história da vida pessoal e profissional de milhares de estudantes no Pará e no mundo. Por isso, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) presta homenagem às mães educadoras de Belém e municípios do interior do Estado, com um banner eletrônico no Portal Seduc (www.seduc.pa) e na saudação a todas as mulheres que contribuem diariamente com a educação de alunos do ensino fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Pará.
Na rede estadual pública de ensino, são 700 mil estudantes matriculados em 1.054 escolas em 144 municípios do Pará. Na missão de viabilizar o ensino-aprendizagem em espaços escolares para cidadãos desde os primeiros anos de idade até a idade adulta, a Seduc tem na família uma parceira indispensável. E os desafios são grandes, como o combate à evasão escolar, quando jovens deixam os estudos por desinteresse ou por necessidade de arrumar trabalho para o sustento da própria família.
Em contraponto a essa realidade, profissionais da Seduc atuam em conjunto com a comunidade escolar para tornar a escola mais atraente aos jovens e conscientizar esses cidadãos que o futuro envolve a prática dos estudos. “Essa participação da família, em particular das mães, na escola é fundamental para a vida escolar dos jovens. A Secretaria de Educação já atua, inclusive, em um projeto voltado especificamente para incentivar a atuação dos pais dentro e fora da escola objetivando conscientizar os jovens sobre a importância dos estudos e, também, para que as famílias participem da gestão das unidades de ensino”, afirma o secretário de Educação, Helenilson Pontes.
Recompensas – Entre os casos de bons resultados obtidos por estudantes da rede pública, como efeito da atuação dos profissionais de educação na escola e da família, em especial as mães, figura o estudante André Ricardo Trindade Lima, 18 anos, que conseguiu aprovação em processos seletivos de cinco instituições de ensino superior, para o curso de Ciências Contábeis na Faculdade Ideal (Faci) e na Universidade da Amazônia (Unama); para Engenharia Civil no Instituto de Ensinos Superiores da Amazônia (Iesam); no curso de Direito na FAP, e em Administração na Maurício de Nassau.
O jovem optou por Administração, para início em agosto deste ano. “Aproveito para agradecer à Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Salesiano do Trabalho (integrante da rede de escolas da Seduc), que proporcionou ensino de qualidade ao meu filho. Ele estudou lá do sexto ano ao convênio”, diz a mãe de André, a comerciária Andréa Lia Tavares da Trindade, 35 anos, natural de Santa Izabel do Pará.
Qualidade – Andréa é mãe de outro rapaz, Anderson Rafael Trindade Lima, 13 anos. Ele cursa a oitava série na Escola Estadual Dom Pedro I, no bairro de Val-de-Cans. Os dois, André e Anderson, têm uma relação forte com a escola pública. “Meus filhos sempre estudaram em escola pública, por eu acreditar que o ensino público é de qualidade, pelos projetos que as escolas oferecem aos alunos. É o caso, por exemplo, do Pacto pela Educação. Vi o empenho do meu filho nessa ação”, destaca Andréa.
“Apesar dos problemas que a gente identifica no setor educacional público e privado, continuo acreditando no ensino público de qualidade, pois eu e meus onze irmãos viemos todos de escola pública e estamos no mercado de trabalho e alguns são, inclusive, servidores públicos”, destaca Andréa Lia, que se vê como uma mãe educadora, semelhante a tantas outras que não abrem mão da educação dos filhos no dia a dia.
“A educação dos meus filhos é prioridade para mim. Acompanho e participo diretamente das atividades da escola. Converso constantemente com professores, técnicos e procuro também ajudar nas necessidades da escola”, salienta. Seja em que idade for, ou mesmo nas lembranças do tempo de criança, sempre vale a pena ouvir: “Vai, estudar, menino!”.