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CULTURA

Literatura, teatro e danças regionais no aniversário da Estação das Docas

Por Redação - Agência PA (SECOM)
12/05/2015 16h47

Durante 15 anos, a Estação das Docas tem se destacado, entre tantos aspectos, como espaço de incentivo à cultura e às manifestações artísticas. Entre os projetos desenvolvidos no local está o Teatro ao Pôr do Sol, que leva espetáculos teatrais e contações de história gratuitas para o público a cada quinze dias, em domingos alternados. Para festejar essa história, o projeto trará no domingo, 17 de maio, o In Bust Teatro com Bonecos, um dos pioneiros do projeto. O grupo apresentará o espetáculo “Fios de Pão – A lenda da Cobra Norato”, às 17h30, no Anfiteatro São Pedro Nolasco.

Na história, os atores Paulo Ricardo Nascimento, Adriana Cruz e Anibal Pacha vivem uma família miscigenadao violeiro nordestino, que migrou para o Norte na época da borracha, sua mulher paraense, e o filho do casal. Dona de um teatro de bonecos, a família utiliza-se da linguagem para contar o mito da índia cabocla que é atraída por uma cobra e tem com ela dois filhos da mesma espécie. A encenação mistura a lenda com o cotidiano da família. As cobras são Bonecos de Luva, que contracenam com fantoches, manés-côcos e brinquedos de miriti. A produção é de Cristina Costa.

“Esse espetáculo é o que a gente mais apresentou até hoje. Ele é de 1997 e continua fazendo sucesso por trazer essa mistura dos universos nordestinos e amazônicos. A gente brinca com a literatura de cordel e teatro com bonecos mas o objetivo principal é divertir o público. A gente busca a diversão e encantamento das pessoas pra que elas saiam da apresentação com um espírito diferente.” conta Paulo Ricardo.

Realizado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e da organização social Pará 2000, o Teatro ao Pôr do Sol faz parte da história da Estação das Docas e também da trajetória do In Bust. “Fomos pioneiros no que se refere a teatro na Estação das Docas, com ocupação do anfiteatro São Pedro Nolasco. O sucesso do projeto hoje é uma prova da necessidade de termos teatro periodicamente aberto ao público da cidade, como uma política pública”, opina Paulo.

Dança - Há 15 anos, os moradores de Belém e turistas que visitam a capital contam com um complexo turístico que reúne o melhor do Pará. Música, gastronomia, arquitetura, moda, lazer e uma das mais belas paisagens da cidade compõem a Estação das Docas, um dos lugares mais representativos da cidade. São 15 anos também de valorização da cultura regional, com projetos fixos que levam apresentações culturais semanalmente para o complexo.

Um desses projetos é o Pôr do Som, que ocorre todas as sextas-feiras gratuitamente. Enquanto o sol se põe, grupos parafolclóricos conduzem o público da Estação por um passeio pela cultura paraense, por meio dos ritmos e danças locais. Para comemorar os 15 anos do projeto, a organização social Pará 2000, que administra a Estação das Docas, apresenta atração especial na sexta-feira, 15. A partir de 18h, o Balé Folclórico da Amazônia apresenta o espetáculo “Dançares Amazônicos”, com danças regionais e coreografias inspiradas em canções paraenses e nas crenças e hábitos do homem amazônico.

“Para os 15 anos da Estação, faremos uma apresentação especial. Vamos apresentar as danças tradicionais, algumas com novas produções e figurinos, além de algumas surpresas”, conta o coordenador do grupo, Eduardo Vieira. Premiado pelo Ministério da Cultura, o Balé Folclórico da Amazônia se originou no distrito de Icoaraci, e completa 25 anos de história neste ano. O grupo é formado por cerca de 40 pessoas, entre músicos e dançarinos, e já representou o Estado em diversos festivais pelo mundo. Destaca-se por misturar a tradição regional com a dança moderna e faz parte da história do Pôr do Som, colecionando apresentações memoráveis.

“Neste espaço, sentimos a reação do público, que é mais próximo e nos espera sempre com muito carinho. É muito gostoso e um privilégio muito grande se apresentar nesta data. É o resultado de uma dedicação intensa do grupo para fazer um trabalho de qualidade. Para nós é sensacional, como se fosse um prêmio”, conclui Eduardo.