Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
EVENTO INTERNACIONAL

III Sigema é aberto em Belém com a participação de especialistas do Brasil e países Pan-Amazônicos

A programação ocorre até esta sexta-feira, no Parque Futuro, e tem acesso gratuito aos interessados em conhecer um pouco mais sobre Indicações Geográficas e sua importância para valorizar produtos da sociobiodiversidade amazônica         

Por Rose Barbosa (SEDAP)
11/12/2025 16h47

Com a participação de especialistas do Brasil e de outros países, gestores de instituições públicas e de ensino e pesquisa, e de um público interessado nos produtos da sociobiodiversidade amazônica, foi aberto na tarde desta quinta-feira (11) o III Seminário Internacional de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas (Sigema). O evento, que encerra amanhã, é realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) no Porto Futuro, no Parque de Bioeconomia e Inovações da Amazônia (Armazém 5).

Além da abertura solene, o primeiro dia de seminário internacional contou com uma roda de conversa sobre rastreabilidade com a presença de representantes dos órgãos estaduais envolvidos no tema – além da Sedap, a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) e a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). A programação contou, ainda, entre os participantes, com a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), através da Câmara Estadual do Cacau.

A importância da Indicação Geográfica(IG) e Marcas Coletivas(MC) para impulsionar determinado produto, agregando rendimento econômico e garantindo ao mesmo tempo o respeito às origens de onde esse produto saiu, deve ser valorizada, segundo defendeu o titular da Sedap Giovanni Queiroz, no pronunciamento feito durante a abertura. 

Ele destacou a parceria para a realização da programação. O patrocínio do seminário, além do Governo do Estado, por meio da Sedap, conta com recursos da Vale, por meio do Instituto Tecnológico e Fundo Vale e do Fundo de Apoio à Cacauicultura do Estado do Pará (Funcacau). 

“A parceria, sem dúvida, garante o desenvolvimento de ações como essas. É importante essa união também com os produtores, com quem detêm o saber. A IG tem um importância para projetar os produtos do Pará e da Amazônia. Já temos a melhor amêndoa de cacau do mundo. Estamos trabalhando com sustentabilidade e gerando renda para nossos produtores, seguindo as diretrizes do nosso governador Helder Barbalho”, destacou o secretário.

O representante do Instituto Vale, Guilherme Oliveira, disse que a empresa acha importante e apoia a realização de eventos que valorizem a bioeconomia. “A IG é uma ferramenta importante para a valorização desses produtos da biodiversidade. A Vale quer ser reconhecida como alguém que está atuando em prol da preservação e valorização da floresta e do conhecimento tradicional de quem faz”. 

Representando os países da Pan-Amazônia convidados ao evento, o representante da IG Papas Nativas de Ayacucho, no Peru, Edilberto Soto Tenmório, disse que é importante que a biodiversidade seja algo de orgulho e não só simbólico. “Com muita alegria agradecemos ao governo por estar viabilizando a divulgação desses produtos e poder mostrar um pouco das melhores papas do mundo”.

Segurança- A representante da IG do queijo do Marajó disse que a IG ainda é nova e que hoje depois de entender sobre o que é IG, sabe como é importante dar segurança a esses saberes. “Para que possamos permanecer no campo, precisamos viver e produzir bem. Nós produtores precisamos de apoio das instituições governamentais para que o processo continue girando, como a Amazônia precisa resguardar esse conhecimento, esses saberes”. 

A coordenadora do III Sigema, engenheira agrônoma Márcia Tagore, responsável pelo Programa Estadual de Incentivo à Indicação Geográfica e Marcas Coletivas do Pará, lembrou que foi de fundamental importância para o avanço de novas conquistas com IG, a criação pelo Governo do Estado, do Programa IG e Marcas Pará. “A Lei número 10.510, sancionada pelo governador Helder Barbalho, foi de grande importância, ele apostou no nosso trabalho”, disse. Lembrou que o evento é semi-presencial e conta com a participação de interessados não só do Brasil como da Argentina, Portugal, Peru, entre outros países.

A legislação promulgada pelo governo estadual em maio do ano passado, assegurou maior proteção e visibilidade aos produtos que já têm a Indicação Geográfica ou Marca Coletiva, como a farinha de Bragança, o queijo do Marajó, a amêndoa de cacau de Tomé-Açu e o warana (guaraná nativo) e bastão de warana da Terra Indígena Andira-Marau. Esses e outros produtos estão expostos e ofertados para a comercialização nos 13 estandes distribuídos no espaço onde ocorre o seminário. Também participou da abertura o representante do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), Flávio dos Santos 

A cerimônia de abertura  do III Sigema foi encerrada com a apresentação do grupo de carimbó do bairro do Telégrafo “Frutos do Pará”.