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Dia Nacional de Combate ao Câncer reforça importância da prevenção e do diagnóstico precoce no Pará

No Pará, a Sespa atua de forma integrada para ampliar o acesso aos serviços e garantir cuidado especializado em todas as etapas da linha de atenção ao paciente oncológico

Por Giullianne Dias (SESPA)
27/11/2025 11h08

Aos 48 anos de idade, Nilvânia Melo descobriu um câncer de mama e realizou todo o tratamento da doença no Hospital Ophir Loyola, em Belém. O acolhimento que recebeu dos profissionais, segundo ela, foi fundamental para alcançar a cura. “Realizei a mastectomia no Ophir Loyola e fui muito bem acompanhada. No mesmo momento em que eu retirei a mama, foi feito o implante mamário do lado direito e a todo instante fui bem assistida, sendo que minha cirurgia ocorreu durante a pandemia”, afirmou. 

Daniela Santos, mãe do pequeno Elias, acompanhou o tratamento do filho que foi diagnosticado em 2023 com neoplasia maligna no encéfalo. O tratamento no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, se estendeu por oito meses e atualmente o menino precisa retornar com o endocrinologista para acompanhar algumas sequelas da doença. “Até hoje ele ainda é acompanhado por lá e sempre as pessoas buscam entregar o melhor de si. Então, assim, sou muito grata à equipe do hospital, todos eles, médicos, enfermeiros, técnicos e até os colegas da limpeza. É uma grande família ali com a qual nós convivíamos. E, assim, eu só tenho a agradecer por tudo”. 

Instituído pelo Ministério da Saúde, o Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado anualmente em 27 de novembro, tem como objetivo sensibilizar a população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento adequado, e mostra também o aumento no número de casos em todo o país. No Pará, a data reforça o trabalho contínuo realizado pela rede estadual de oncologia, coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que atua de forma integrada para ampliar o acesso aos serviços e garantir cuidado especializado em todas as etapas da linha de atenção ao paciente oncológico.

Estrutura e atendimento no Pará - A Sespa reforça que o tratamento em alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é oferecido em unidades estratégicas distribuídas pelo Estado. Em Belém, os atendimentos são realizados no Hospital Ophir Loyola e no Hospital Universitário Barros Barreto. Na região do nordeste paraense, o Hospital Regional de Castanhal dá suporte aos casos que demandam acompanhamento especializado e espalhados pelas demais regiões estão o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém; o Hospital Regional de Tucuruí; e no Hospital Regional do Sudeste do Pará “Dr. Geraldo Veloso”, em Marabá.

“O Pará dispõe de uma rede sólida de alta complexidade, distribuída em diferentes regiões do Estado. O fluxo está organizado para garantir que o paciente seja encaminhado de maneira adequada conforme a gravidade e a necessidade do atendimento especializado”, disse a coordenadora estadual de Oncologia da Sespa, Patrícia Martins. 

Essas unidades compõem a rede de referência em oncologia e recebem pacientes encaminhados pela Atenção Básica, policlínicas e centros especializados, conforme o Protocolo de Acesso de Média e Alta Complexidade em Oncologia, que organiza o fluxo e garante o cuidado oportuno.

Perfil e prevenção - No Pará, em 2023 foram registrados 9.367 casos de câncer, seguidos de 11.065 em 2024 e 5.520, até o momento, em 2025. Os casos entre mulheres ainda são a maioria, mas as mulheres também seguem sendo as que mais conseguem os diagnósticos precoces. 

Os cânceres mais prevalentes — pele, mama, colo do útero, próstata, estômago, cólon e reto e pulmão — têm ações de prevenção intensificadas ao longo do ano por meio de campanhas nacionais e estaduais. A Sespa reforça que muitos desses tumores podem ser evitados com cuidados simples e rotineiros, como:
• proteção contra a exposição solar excessiva;
• prática regular de atividade física;
• alimentação saudável e redução do consumo de alimentos ultraprocessados;
• abandono do tabagismo e do consumo abusivo de álcool;
• realização de exames preventivos conforme idade e fatores de risco;
• vacinação contra HPV para meninas e meninos de 9 a 19 anos, que previne contra câncer colo do útero, pênis, boca e canal anal.

Essas medidas, associadas à atenção às mudanças no corpo e sinais que não desaparecem, são fundamentais para reduzir a incidência da doença e aumentar as chances de cura. A detecção precoce é uma das estratégias mais eficazes para melhorar o prognóstico do câncer. Por isso, qualquer pessoa que apresente sintomas persistentes ou alterações suspeitas deve procurar uma unidade da Rede Básica de Saúde.

Profissionais da Atenção Primária estão aptos a realizar a primeira avaliação e encaminhar o paciente para consulta de primeira vez nas policlínicas, centros de referência ou hospitais de alta complexidade, quando houver diagnóstico já confirmado ou alta suspeita da doença.

A Sespa reforça que o acesso ao tratamento depende desse primeiro passo: a busca pela avaliação médica no início dos sintomas, evitando atrasos que possam comprometer a resposta terapêutica.

Texto: Caroliny Pinho - Ascom Sespa