Na Freezone, Governo do Estado apresenta transformações geradas pelas Usinas da Paz
Painel “Territórios pela Paz: Políticas Públicas e Inclusão Social na Amazônia Urbana” abordou o projeto estadual e as mudanças sociais nos bairros
O Governo do Estado apresentou, nesta quinta-feira (20), o painel “Territórios pela Paz: Políticas Públicas e Inclusão Social na Amazônia Urbana”, que abordou detalhes sobre o projeto estadual e as transformações sociais promovidas pelas Usinas da Paz em diversas comunidades paraenses.
A iniciativa integrou a programação da Freezone da COP30, na Praça da Bandeira, em Belém. O espaço, dedicado à divulgação de iniciativas inovadoras e sustentáveis, recebeu um bom público, que teve a oportunidade de conhecer mais sobre as políticas públicas integradas que têm gerado resultados concretos em territórios vulneráveis do Pará.
Durante a apresentação, representantes da Secretaria de Articulação da Cidadania (Seac), órgão responsável pela administração das Usinas, detalharam como os equipamentos públicos, implementados pelo Programa Territórios Pela Paz (TerPaz), tem ampliado o acesso a direitos, reduzido indicadores de violência, fortalecido vínculos comunitários e criado novas oportunidades para milhares de famílias.
Além da titular da Seac, Elieth Braga, participaram da programação a diretora das Usinas da Paz, Ivanilda Vieira; o diretor do Núcleo de Articulação e Relações Institucionais (NARI), Júlio Alejandro Jelvez; e a doutoranda e docente da Universidade da Amazônia, Marisa Elenice Silva Lima.
“A COP30 é um espaço onde o planeta se reúne para discutir futuro, sustentabilidade e justiça social. Trazer as Usinas da Paz para esse cenário é mostrar que políticas públicas integradas podem transformar realidades de forma profunda e duradoura. Ao apresentar esse projeto, estamos compartilhando não apenas uma iniciativa bem-sucedida, mas um caminho possível para que outros territórios também promovam cidadania, inclusão e esperança”, declarou a secretária de Estado, Elieth Braga.
Usinas da Paz — São complexos de cidadania implantados pelo Governo do Pará com o objetivo de promover inclusão social, reduzir a violência e melhorar a qualidade de vida da população em áreas vulneráveis. O projeto faz parte do Programa Territórios pela Paz (TerPaz) e, desde outubro de 2021, quando foi entregue a primeira Usina, já garantiu mais de 10,9 milhões de atendimentos em diversas regiões do Estado.
Cada complexo tem uma estrutura moderna e funcional, ofertando mais de 70 serviços gratuitos às comunidades, em áreas como saúde, educação, esporte e lazer, capacitação profissional, arte e cultura, inclusão digital e atividades voltadas à sustentabilidade e ao empreendedorismo.
Atualmente, 18 Usinas da Paz estão em funcionamento: cinco na capital (Jurunas/Condor, Guamá, Terra Firme, Bengui e Cabanagem) e outras 13 em municípios da Região Metropolitana de Belém e do interior — Ananindeua, Marituba, Benevides, Castanhal, Capanema, Moju, Bragança, São Miguel do Guamá, Abaetetuba, Tucuruí, Marabá, Parauapebas e Canaã dos Carajás. Até o final de 2026, a meta estadual é alcançar a marca de 40 Usinas em funcionamento no Pará.
Trabalho que inspira
A docente da Universidade da Amazônia, Marisa Elenice Silva Lima, pesquisa as transformações geradas pelas Usinas da Paz, dentro do Programa TerPaz, em sua tese de doutorado. Para ela, trata-se de um modelo inédito, que alia segurança pública, inclusão social e garantia de direitos.
“Eu escolhi falar sobre o TerPaz e as Usinas em minha tese por entender que é um modelo inédito. Nenhum outro programa na área da segurança pública, ou em qualquer outra área, traz uma estrutura de governança igual ao TerPaz. O objetivo da tese é mostrar que esse é um modelo que pode ser replicado em outros lugares, não só no Brasil, mas inclusive em outros países”, afirmou a pesquisadora.
Para o público, o evento foi uma excelente oportunidade para conhecer mais sobre o trabalho realizado em cada território por meio das Usinas da Paz, como destacou a estudante Miriam Nogueira.
“Eu não tinha a compreensão total sobre o projeto, mas hoje pude tomar ciência e achei algo maravilhoso. É um projeto de inclusão, que traz muitos benefícios para a sociedade, onde todo mundo pode se sentir pertencido. Eu, sinceramente, adorei o que conheci hoje sobre a Usina da Paz. O Governo está de parabéns pelo projeto”, declarou.
