Professor da Uepa, Pedro Vasconcelos é um dos cientistas mais influentes do mundo

O professor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, figura novamente entre os 100 mil cientistas mais influentes do mundo. Ele está incluído na oitava edição do ranking Updated Science-wide Author Databases of Standardized Citation Indicators, ano de 2025, elaborado pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, em parceria com a Editora Elsevier. O pesquisador da Uepa se destaca entre os 2% dos cientistas mais influentes em suas áreas de atuação e tem seu nome presente nesta listagem mundial desde 2020.

A lista referente ao ano de 2024 avalia, em escala global, o impacto, número de citações e a relevância da produção científica em diversas áreas do conhecimento. O ranking utiliza dados da base Scopus (Elsevier). Os trabalhos científicos do professor acumulam centenas de citações, consolidando-se como referências em sua área de atuação. Sua trajetória inclui uma ampla produção acadêmica, com mais de 371 artigos publicados e 65 capítulos em livros e periódicos científicos no Brasil e no exterior.

Membro titular da Academia Brasileira de Ciências e professor há mais de 17 anos no curso de Medicina do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Vasconcelos possui extensa experiência nas áreas de microbiologia, medicina tropical e patologia, com foco especial em virologia. Entre os artigos publicados, o professor destaca: Newborns with microcephaly in Brazil and potential vertical transmission of Oropouche virus: a case series (Lancet Infectious Diseases, 2025).

"Neste estudo multidisciplinar e multi-institucional, parceria do Instituto Evandro Chagas, Uepa e outras instituições, nós demonstramos pela primeira vez no mundo, que o vírus Oropouche (VORO) é capaz de causar transmissão congênita durante a gravidez de mulheres que se infectaram com o VORO. Além disso, o VORO foi responsável por casos graves da transmissão congênita causando microcefalia e outras malformações congênitas, mortes fetais e abortos, de forma similar à causada pelo virus Zika, aumentando significativamente a importância do estudo desse vírus em termos de saúde pública", explicou.

Além de inspirar alunos de graduação e pós-graduação, o resultado do ranking impulsiona o avanço do conhecimento e fortalece a projeção da Uepa no cenário científico mundial. Para o professor Pedro, estar entre os 2% dos cientistas mais influentes é motivo de orgulho e felicidade, "mas com um sentimento de que o país precisa melhorar os investimentos em ciência, educação e tecnologia para que tenhamos mais cientistas nesse ranking e possamos ajudar no desenvolvimento do Pará e da Amazônia, pois sem ciência, educação e tecnologia de qualidade não há desenvolvimento e com um mundo extremamente competitivo o atraso manterá o status quo, o contexto atual", ressaltou.

Texto de Diane Maués