Seduc realiza avaliação das escolas de Tempo Integral da Região Metropolitana de Belém
Evento “AçaÍCE Café” reúne gestores, técnicos e estudantes para análise de resultados e apresentação de boas práticas do Programa de Ensino Integral
Nesta quinta (18) e sexta-feira (19), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio da Coordenadoria de Ensino Profissionalizante e Tempo Integral (CETP), promoveu o AçaÍCE Café, um grande encontro pedagógico para avaliação do primeiro semestre das escolas de Tempo Integral da Região Metropolitana de Belém (RMB).
O evento contou com a participação de gestores, técnicos de referência das Diretorias Regionais de Educação (DREs), diretores, vice-diretores pedagógicos, especialistas e dois estudantes protagonistas de cada escola. No total, participaram representantes das 59 escolas de Tempo Integral da RMB, as quais fazem parte de um universo de 161 escolas de Tempo Integral distribuídas em 62 municípios do Pará.
Segundo a coordenadora do Ensino Integral da Seduc, Mari Elisa Almeida, o encontro é um momento essencial de escuta e avaliação coletiva.
“O objetivo do encontro é avaliar a implementação do Ensino Integral no primeiro semestre de 2025, dar voz aos estudantes, verificar as atividades exitosas, os desafios e construir coletivamente melhorias. O foco é o aluno, sua aprendizagem, seu projeto de vida, sua autonomia e protagonismo. Queremos que eles se tornem líderes dentro da escola, proponham e executem melhorias junto à equipe gestora. O Tempo Integral não é apenas mais tempo na escola, mas mais oportunidades de aprender, experimentar e se desenvolver como cidadão”, destacou.
O AçaÍCE Café utilizou uma metodologia interativa inspirada no Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE) Café, que favorece a troca de experiências e a inteligência coletiva. Além do ICE, o evento contou com o apoio dos Institutos Natura e Sonho Grande.
No primeiro dia, cada grupo analisou os resultados alcançados, projetou os próximos passos para seis e doze meses, e apresentou boas práticas de suas escolas. Essas práticas, apresentadas, foram eleitas coletivamente para que possam ser replicadas em outras escolas.
Já no segundo dia de programação, os estudantes apresentaram projetos desenvolvidos em suas escolas, compartilhando experiências exitosas com os gestores e equipes pedagógicas presentes.
O protagonismo estudantil foi um dos pontos mais destacados. Para Vitor Lucas Lima, estudante do 8º ano da Escola Rui Barbosa, de Ananindeua, o modelo de Ensino Integral transforma a relação entre alunos e professores.
“Eu acho muito bonito o trabalho que fazemos juntos. Os professores ajudam a gente a desenvolver os projetos, e nós os ajudamos. É um trabalho colaborativo e sustentável, e isso nos aproxima, cria confiança e torna a escola um lugar em que a gente quer estar.”
A parceira da Seduc, Cássia Moreira, do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), destacou a importância do encontro.
“Nós, do ICE, junto com o Instituto Sonho Grande e o Instituto Natura, apoiamos o Estado do Pará na implementação do modelo de Escola da Escolha. Queremos que o estudante tenha clareza do seu projeto de vida, goste mais da escola, se engaje e melhore seu desempenho. Este evento é uma oportunidade de troca riquíssima e de valorização do protagonismo juvenil”, frisou.
A estudante Maria Cláudia Marques, de 14 anos, do 8º ano da Escola Pinto Marques, ressaltou as oportunidades de crescimento pessoal.
“O Tempo Integral nos oferece muitos projetos e palestras que acrescentam na nossa vida, dentro e fora da escola. Aprendemos sobre temas importantes como preconceito e convivência, o que ajuda no nosso desenvolvimento como pessoa”, refletiu.
Modelo pedagógico - As escolas estaduais de Ensino Integral mantêm jornada de nove horas diárias e 45 horas semanais. A jornada integral proporciona mais recursos para o desenvolvimento do estudante, a fim de formar indivíduos autônomos, solidários e competentes, e assim obter melhores resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). As escolas com jornada integral também garantem aos estudantes três refeições diárias (almoço e dois lanches).
Com essa expansão, o Pará consolida um modelo de educação que busca equidade e excelência, garantindo que mais estudantes tenham acesso a uma formação educacional que prioriza diversas áreas do conhecimento e o desenvolvimento humano.
