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Pará vai sediar feira sobre cacau sustentável e flores amazônicas 

Marcado para junho, evento destaca produção sustentável, inovação e valorização da agricultura familiar por meio da cacauicultura

Por Andreia Santo (SECOM)
21/05/2025 18h31

De 5 a 8 de junho, o Pará vai sediar a Feira do Cacau e Chocolate Amazônia e Flor Pará no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia, em Belém. Organizado pelo Governo do Estado e pelo Sistema Faepa/Senar, o evento busca destacar o Pará como protagonista de um novo modelo de desenvolvimento, aliando prosperidade econômica à preservação ambiental.

A expectativa é de reunir mais de 50 mil pessoas nos quatro dias de evento. Os atrativos estão na programação extensa com expositores de marcas locais, nacionais e internacionais, além de programação técnica que vai ampliar o debate sobre a produção sustentável, inovação e bioeconomia. 

O evento reflete o trabalho do Pará para se tornar o maior produtor de cacau do país. Uma das estratégias incluem a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), que auxilia na obtenção e manutenção desse posto por meio do acompanhamento da cultura e desenvolvimento de projetos para a viabilização de financiamento rural. 

"A Feira do Cacau e Chocolate Amazônia e Flor Pará é uma vitrine fundamental para valorizar o trabalho dos produtores paraenses e mostrar ao Brasil e ao mundo a potência da nossa agricultura familiar. O Pará é hoje o maior produtor de cacau do Brasil em volume, seguido da Bahia. Juntos, os dois estados respondem por cerca de 95% da produção nacional, segundo dados da Ceplac. Nesse cenário, a Emater desempenha um papel estratégico ao oferecer assistência técnica, promover a produção sustentável e apoiar a organização dos agricultores para poderem acessar mercados e agregar valor aos seus produtos. Eventos como este reforçam o protagonismo do Pará na bioeconomia e no desenvolvimento rural sustentável", destaca o presidente da Emater, Joniel Abreu. 

Atualmente, o Pará conta com 32 mil produtores ativos de cacau, distribuídos por 229.175 hectares de área plantada, dos quais 169.655 hectares já estão em plena produção. 

Conforme os dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará (Sedap), o município de Medicilândia, localizado na Região de Integração do Xingu, também conhecida como Transamazônica, é o maior produtor de cacau do estado. O município produz mais de 44 mil toneladas de cacau por ano, o que corresponde a 34,69% da produção total do estado.

Sustentável – A feira traz o foco para a sustentabilidade ao tratar da produção do cacau e os benefícios para o Estado. 

"O Pará não desmata um palmo sequer para plantar cacau. Inclusive nós temos legislação que não permite que desmate e que coloca o cacau como uma cultura para recuperação de áreas alteradas. Quem tem o passivo ambiental, se plantar cacau em sistemas agroflorestais, recupera sua área alterada e ainda aufere bons lucros", explica o coordenador do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Cacau (Procacau), engenheiro agrônomo, Ivaldo Santana. 

Destaque econômico – A produção de cacau gerou uma arrecadação de R$ 358 milhões em ICMS, segundo destaca o presidente do Sistema Faepa/Senar, Carlos Xavier.

"O modelo de cultivo do cacau na Amazônia paraense representa uma verdadeira transformação socioeconômica, diversificando a matriz produtiva do estado e garantindo a permanência digna de famílias no campo por meio de uma fonte de renda sustentável e próspera. A cacauicultura elevou-se à condição de programa estratégico estadual devido ao extraordinário potencial econômico que oferece aos seus produtores", complementa.  

Flor Pará

A programação do evento também dará destaque à cadeia produtiva das flores amazônicas. A Flor Pará valoriza o crescimento da floricultura na região, com ênfase no cultivo de espécies nativas como antúrios, helicônias e orquídeas, desenvolvido tanto por grandes produtores quanto por agricultores familiares. Essa atividade representa uma alternativa promissora de investimento e geração de renda.