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Escola estadual de Belém incentiva conscientização e protagonismo estudantil em evento sobre educação ambiental

Com o tema ‘Diálogos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - Agenda 2030 e a COP 30 na Amazônia Brasileira’, a ação promoveu debates sobre as questões ambientais

Por Fernanda Cavalcante (SEDUC)
21/05/2025 14h53

Sustentabilidade, debates sobre as mudanças climáticas e protagonismo estudantil marcaram a manhã da última terça-feira (20) na Escola Estadual de Ensino Médio Professor Francisco da Silva Nunes, no bairro da Marambaia, em Belém. A comunidade escolar participou da 1ª Culminância Ambiental Interdisciplinar (Cainter), que reuniu estudantes, professores e gestores em um espaço de troca de saberes sobre questões ambientais, com ênfase na sustentabilidade, no desenvolvimento da consciência ambiental planetária por um mundo mais justo, democrático, solidário e sustentável.

Com o tema “Diálogos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - Agenda 2030 e a COP 30 na Amazônia Brasileira”, a iniciativa busca promover o debate sobre as questões ambientais em uma perspectiva global, nacional e, especialmente, sobre os desafios enfrentados pela Amazônia. Como explica a professora de Educação Ambiental e coordenadora do projeto, Érika Farias.

“Essa é a primeira conferência ambiental interdisciplinar da nossa escola, que vai se tornar, futuramente, um projeto de intervenção pedagógica. Esse evento é um marco na nossa escola por a gente trabalhar a questão ambiental de forma integrada, com diferentes áreas de conhecimento. Nós temos professores envolvidos na apresentação dos trabalhos, tanto do componente de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima, como também de Geografia, de Física, Inglês”, disse a educadora que também dá aulas de Geografia.

Ainda de acordo com a professora, o momento foi fundamental para difundir conhecimentos ambientais em diversas áreas. “Os alunos pegaram esse momento da conferência para poder expor os seus trabalhos que vêm sendo realizados desde o primeiro semestre. Então tivemos diversos temas relacionados à questão ambiental, desde a COP 30, até a questão dos efeitos das nuances climáticas, saúde - porque nós também temos alunos do ensino tecnológico, ou seja, agregou alunos da enfermagem, nutrição, de geografia, do médio regular, todo mundo integrado discutindo a pauta ambiental com diferentes temas, inclusive do racismo ambiental”, afirmou Érika Farias.

Diversas atividades interativas marcaram o dia, como por exemplo, palestras que abordaram temas como sustentabilidade, racismo ambiental e a importância da conscientização sobre os impactos do descaso ambiental; oficinas de resíduos sólidos e reciclagem de plásticos, conduzidas por especialistas; o 1º campeonato de xadrez, que trouxe uma atividade lúdica para o evento, incentivando o raciocínio lógico e a reflexão sobre temas complexos de forma mais acessível. Além da exposição de pesquisas realizadas pelos alunos sobre racismo ambiental, que abriu um importante espaço para discussão sobre as desigualdades no acesso ao meio ambiente saudável.

Envolvida na organização do evento e nas pesquisas, a estudante Tayná Melo, da 2ª série do ensino médio, avalia a experiência como uma oportunidade de aprendizado. “O projeto está sendo bem interessante, a gente se propôs a fazer isso e a gente se dedicou bastante, fizemos e refizemos os slides várias vezes, os banners também porque a gente queria entregar um trabalho bom, um trabalho excelente. Eu achei o projeto muito legal muito interessante porque a escola traz essa visibilidade, esse protagonismo para os alunos, para mostrar que aqui a gente consegue ter essa parceria entre a escola e a coordenação, porque a gente teve um grande apoio da escola em questão de suporte”, comentou.

Para a estudante da 2ª série do ensino médio, Talita Vitória, que também esteve à frente da organização do evento, a 1ª Cainter trouxe aprendizado e experiência. “Participar desse projeto foi bem legal porque a gente teve experiência, eu tenho aprendido coisas novas sobre o meio ambiente, consciência ambiental… eu acho que as aulas de Educação Ambiental são algo bem interessante para as escolas”, contou.

Educação Ambiental - A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) oferece, desde o primeiro bimestre de 2024, o componente de Educação Ambiental em todas as etapas do ensino, de forma obrigatória, nas escolas estaduais. Este componente pode ter a adesão dos Municípios, alicerçada na Política de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima. 

A Seduc destaca que o conteúdo ambiental torna o Pará pioneiro na garantia de um componente curricular obrigatório de sustentabilidade, incentivando a participação e o engajamento de estudantes nas discussões sobre agendas fundamentais ao Pará, cuja capital, Belém, sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025.