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DIREITOS HUMANOS

Sejudh participa do último dia do curso de migração e tráfico de pessoas

Por Redação - Agência PA (SECOM)
16/09/2015 18h19

Apresentando o módulo “Rede de atendimento local e assistência aos migrantes e vítimas de tráfico de pessoas”, a Coordenadoria de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo, da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), participou nesta quarta-feira (16) do último dia do curso “Migração, tráfico de pessoas e atendimento a pessoas vulneráveis à exploração”, no Aeroporto Interacional de Belém, promovido pelo Ministério da Justiça em parceria com a Sejudh e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

A titular da coordenadoria, Leila Silva, apresentou a missão, a metodologia e as diretrizes do trabalho de atenção à vítima, o fluxo de atendimento à pessoa em situação de tráfico interno (nacional) e externo (internacional) e os recâmbios. Ela também destacou a importância da atuação do Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, que funciona no aeroporto. “Ele foi criado para prestar atendimento aos migrantes que regressam ao Brasil pelo Aeroporto de Belém”, disse.

Integrando as discussões sobre migração transfronteiriças, tema do projeto MT Brasil, em que está inserido o curso, a coordenadora falou sobre o trabalho do posto, que faz atendimento e abordagens, e fornece informações, palestras, produções científicas e pesquisas. A coordenadora mencionou um levantamento feito pelos técnicos do posto sobre o perfil dos migrantes. “Esse levantamento foi feito em 2014 e traça as características dos migrantes que foram atendidos nesse período. A pesquisa será apresentada no seminário que ocorrerá na Unama”, frisou.

De novembro de 2013 a agosto de 2015, o posto no aeroporto atendeu 43 casos de violação de direitos humanos. Todos foram encaminhados para a rede estadual. Também são feitas abordagens no saguão e no embarque e desembarque de viajantes. Segundo a psicóloga que faz atendimentos no posto, Graziela Costa, o treinamento é importante para o fortalecimento dos atendimentos. “No curso aprendemos como é o atendimento aos migrantes e como o assunto está sendo tratado nacionalmente. Assim, podemos fazer a equiparação e melhorar o atendimento”, reforçou.

Segundo dados da Coordenadoria de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo, da Sejudh, foram feitos 72 atendimentos de 2011 a 2015; desses, 58 eram casos de tráfico de pessoas. Outros 55 estão em monitoramento pela rede. “A rede faz o acolhimento à vítima, cuida do processo psicológico e faz o encaminhamento para os órgãos de segurança pública. Infelizmente nem todos ocorrem com êxito. Temos um caso sendo analisado de uma vítima que está sob ameaça e, traumatizada, não consegue fazer a denúncia”, disse a representante da organização não governamental (ONG) Gretta, Renata Andrade.

O curso teve início na última terça-feira (15), com o objetivo de fortalecer a rede local de assistência e atendimento, compartilhar conhecimento sobre direitos dos migrantes e das vítimas de tráfico de pessoas e as necessidades de atendimento deste público alvo, apresentando conceitos relacionados a ambos os temas. Finalizando as atividades do último dia, foram apresentados os seguintes módulos: Guia de atenção às vítimas de tráfico de pessoas e migrantes em situação de vulnerabilidade na área de fronteira; e como replicar o conhecimento apresentado no treinamento.