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Pará discute acesso a recursos de fundos globais para o meio ambiente, durante evento na Bolívia

Mauro O’de Almeida destacou os investimentos que vêm sendo feitos no Pará para garantir a transição socioeconômica de baixo carbono

Por Igor Nascimento (SEMAS)
26/04/2024 20h10

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, que cumpre agenda na cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, durante o intercâmbio técnico da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Floresta (GCF Task Force), discutiu, na última quarta-feira (24), a necessidade de mais acesso a fundos de financiamento para políticas ambientais. 

O titular da Semas participou do painel ‘Transformando a Sustentabilidade Florestal: Tecnologia e Inovação para Governos Subnacionais’. O objetivo da discussão foi explorar como a tecnologia e a inovação podem ser usadas pelos governos subnacionais para reduzir o desmatamento, aumentar a eficiência do monitoramento e da vigilância, reduzir as emissões de carbono e identificar oportunidades de financiamento. Syahrina Anggraini, da Força-Tarefa do GCF na Indonésia e Jill Blockhus, da ONG The Nature Conservancy (TNC) foram os mediadores.

Mauro O’de Almeida destacou os investimentos que vêm sendo feitos no Pará para garantir a transição socioeconômica de baixo carbono, o que inclui principalmente bioeconomia, mercado de carbono e iniciativas voltadas para o melhor uso da terra e dos recursos naturais. 

“Dar crédito facilitado para pequenos e médios produtores rurais, incentivar a conservação por meio de Programa de Pagamento por Serviços Ambientais, estimular o desenvolvimento de produtos da sociobioeconomia, com inovação tecnologia. Tudo isso é economia na veia e compõe o conjunto de medidas que o Estado do Pará vem adotando na construção desse novo momento de evidência e protagonismo na Amazônia e para o próprio estado, com a COP 30”, disse o secretário. 

Mauro O’de Almeida destacou ainda a importância do acesso ao Green Climate Fund (GCF) e ao Global Environment Facility (GEF), dois dos maiores fundos multilaterais climáticos. 

“É preciso flexibilizar ou dar maior vazão para esses recursos do GCF e do GEF. Não é possível se ter uma média de cinco anos para liberar recursos enquanto a gente desenvolve projetos. Evidentemente, esse tema também se conecta com a nossa capacidade institucional de implementar projetos e de fazer conexões com a iniciativa privada, para que haja uma colaboração e os projetos sejam implementados, mas é necessário acessar esses recursos com mais facilidade”, pontou.