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Gramado e sistema de drenagem do Novo Mangueirão são destaques na Supercopa Rei

Campo suportou a forte chuva que caiu em Belém, na tarde do último domingo, durante o clássico entre Flamengo e Botafogo, pela competição nacional

Por Gustavo Pêna (SEOP)
04/02/2025 14h06

“Me surpreendeu que choveu demais e quando voltamos para o jogo, o gramado já estava sem poça (d'água), uma drenagem muito boa”. O elogio do técnico do Flamengo, Filipe Luís, destacou, em mais uma oportunidade, a qualidade do gramado e do sistema de drenagem do Novo Mangueirão, que suportou a forte chuva que caiu em Belém, na tarde do último domingo, durante o clássico contra o Botafogo, pela grande final da Supercopa Rei.

O jogo entre Flamengo e Botafogo foi paralisado aos 15 minutos do primeiro tempo por conta do alto volume de chuva que caía no Mangueirão. O protocolo indica um mínimo de meia hora para o recomeço, que dependia da diminuição da chuva. Após esse período, a comissão de arbitragem prorrogou a interrupção por mais 30 minutos. Depois de 1 hora de paralisação, a chuva se manteve, porém com menos intensidade. A bola já rolava no gramado sem grandes dificuldades, garantindo o recomeço da partida.

Segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), José Raimundo Abreu, em Belém, entre 16h15 e 17h15 do último domingo, choveu 55 milímetros cúbicos, o que foi considerada uma chuva forte. “Foi um volume de chuva excepcional, em um curto período de tempo, principalmente se for levado em consideração que, no dia inteiro, choveu 77 milímetros. Um milímetro de chuva corresponde a um litro por metro quadrado. Por isso, avalio que a drenagem durante do jogo correspondeu bem no escoamento desse grande volume de água”, explicou José Raimundo Abreu.

Principal palco de eventos esportivos e shows da capital paraense, o Novo Mangueirão foi modernizado pelo Governo do Pará e entregue à população em 2023. Além do gramado do tipo “Bermudas Celebration” - que segue os padrões exigidos pela Confederação Sul-Americana e Brasileira de Futebol - Conmebol e a CBF, além de ser uma espécie de mais fácil adequação a qualquer tipo de clima, como o tropical amazônico -, a praça esportiva também recebeu um sistema de drenagem mais eficiente.

Hoje, o Novo Mangueirão possui um sistema de drenagem executado em forma de “espinha de peixe”, promovendo a solução para os problemas encontrados de acúmulo de águas. Atendendo as recomendações da Fifa foi executada uma camada drenante de seixo graduado, uma de areia lavada de 20 centímetros de granulação específica, e uma de mistura de material orgânico, solo e adubo antes do gramado.

“Projetamos o local de jogo do Novo Mangueirão dentro das normas e condições aceitáveis de utilização da grama e drenagem. Existem excepcionalidades, por exemplo, como a chuva de domingo, que foi intensa. Entre o gramado e os tubos que estão enterrados para receber essas águas existe uma distância considerável, que é preenchida com grama, areia grossa, seixo fino e grosso. Há um tempo entre a água sair da grama e chegar dentro dessa tubulação, que é toda perfurada. E as poças de água se formam porque o solo satura. Com a eficiência de todo esse processo do Novo Mangueirão, nós tínhamos a certeza que o gramado iria responder ao que aconteceu no jogo entre Flamengo e Botafogo, como já havia respondido em outras ocasiões”, explicou o secretário de Obras Públicas, Ruy Cabral, que liderou a última modernização do estádio.

O cálculo da drenagem do Novo Mangueirão levou em consideração quatro variáveis importantes para a plena funcionalidade do sistema: vazão projetada em litros por segundo, área da superfície a ser drenada em metro quadrado, índice pluviométrico e o tempo de recorrência de chuva no gramado. 

“Precisamos seguir atentos para manter alguns cuidados, como a manutenção da rede de tubulação, a permeabilidade do gramado. Existe uma série de regras que devem ser seguidas para que se atinja o objetivo final da relação eficiente entre o gramado e a rede drenagem. Isso vai fazer com que a água desça para a tubulação no menor tempo possível, sem a formação de poças”, completa o titular da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop).