Arcon e Gás do Pará dialogam para avanços no mercado de gás natural em 2025
Reunião abordou ampliação para outros municípios do Pará, avaliação do início da operação em Barcarena e parâmetros tarifários para este ano
A Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) recebeu executivos da Companhia Gás do Pará, nesta terça-feira, 21, na sede do órgão, em Belém. Entre os temas abordados na reunião estão a ampliação do mercado de gás natural para outros municípios do Pará, a operação em Barcarena e parâmetros tarifários para 2025.
De acordo com o diretor geral da Arcon, Fabricio Costa, a regulação do gás natural no Pará avança dentro do planejado e em um ritmo acelerado. “Ao contrário de outros mercados no Brasil, o Pará iniciou sua operação com um consumidor livre do segmento da mineração, em Barcarena. Isso torna a cadeia mais segura pois envolve agentes de comercialização e distribuição, que, neste caso, é desenvolvida pela Gás do Pará. Estamos acompanhando o crescimento do mercado, com celebração de novos contratos e expansão para outros municípios”, pontua o diretor geral.
As atribuições da Arcon, enquanto agência reguladora do segmento de gás natural, incluem a mediação entre consumidor, comercializador e distribuidor, garantindo equilíbrio econômico-financeiro, para cobrir os custos da operação e qualidade no fornecimento. Dessa forma, o órgão desempenha um papel estratégico na economia e na transição energética no Pará, contribuindo com a sustentabilidade por meio da redução de gases poluentes com o uso do gás natural.
Durante a reunião, o presidente da Companhia Gás do Pará, Fernando Flexa Ribeiro, avaliou o primeiro ano da operação de movimentação de GN em Barcarena. “O ano de 2024 foi o começo de uma longa e auspiciosa caminhada da Companhia de Gás do nosso Estado. E iniciamos com o primeiro cliente consumidor livre, que é Alunorte. E, estamos hoje já ultrapassando o volume estimado de 2,2 milhões de metros cúbicos de gás transportado para a Alunorte por dia”, pontua o presidente.
Para 2025, a expectativa é iniciar o atendimento para o primeiro cliente cativo - aquele com consumo inferior a 500 mil metros cúbicos por dia, que será a indústria Alubar. A Gás do Pará também amplia a movimentação para a termoelétrica Celba 1, com a previsão de consumo de 2,5 milhões de metros cúbicos diários.
Ainda de acordo com Flexa Ribeiro, as previsões indicam que o Pará deve ocupar um lugar de destaque na distribuição de gás natural em nível nacional. Ele sinaliza que esse movimento é possível diante da atração de investimentos e de um ambiente regulatório seguro para o desenvolvimento da atividade.
Para o presidente, a agilidade da Agência no andamento de processos demandados pela Companhia tem sido um fator importante para o segmento. “A Arcon além de fiscalizar a companhia, a concessionária estadual de distribuição, comercialização e movimentação de gás natural, também defende os interesses dos consumidores. Quando a gente tem uma agência reguladora que funciona, é um trabalho facilitado”, destacou.