Hospital Ophir Loyola celebra Dia do Terapeuta Ocupacional com programação lúdica e musical
O evento ressaltou a importância desses profissionais, essenciais na prevenção e no tratamento de enfermidades que atingem o corpo e a mente
Com música e palestra lúdica, a Divisão de Terapia Ocupacional do Hospital Ophir Loyola (HOL),em Belém, celebrou nesta terça-feira (21) o Dia Mundial da Terapia Ocupacional - 19 de Janeiro. A atividade, realizada no ambulatório da instituição, visou destacar a importância do trabalho dos profissionais que atuam na prevenção, tratamento e reabilitação de pacientes com alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras, e também reforçar a prática no Hospital.
Segundo Márcia Nunes, coordenadora do Serviço de Terapia Ocupacional do HOL, o evento promoveu conscientização sobre os benefícios dessa prática no tratamento de diversas condições, incluindo doenças neurodegenerativas e outras enfermidades que comprometem a funcionalidade do paciente. “O declínio cognitivo e a perda de funcionalidade podem ocorrer com o avanço da idade, mas também são causados por doenças como câncer cerebral e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Mas, com o acompanhamento adequado, é possível melhorar as funções motoras e cognitivas e obter autonomia para realizar as tarefas do cotidiano”, informou.
Lógica e música - A programação incluiu uma série de jogos terapêuticos para estimular a atenção, concentração e o raciocínio lógico, além de um show com o violonista Thiago Brito, que interpretou de clássicos da música erudita a sucessos da música popular brasileira (MPB). De acordo com Márcia Nunes, a utilização da música na terapia ocupacional é uma estratégia eficaz para reforçar a memória e evocar antigas lembranças, favorecendo o processo de reabilitação cognitiva.
“A música tem um poder único de melhorar a atenção e a concentração, e sua relação com a emoção é um instrumento valioso durante o tratamento. Muitas vezes, ela resgata memórias importantes para o paciente, auxiliando na recuperação de funções cognitivas e afetivas”, explicou a coordenadora.
Somente no ano passado, a equipe de terapia ocupacional assistiu mais de 16 mil pacientes em mais de 25 mil atendimentos individualizados, conforme a necessidade de cada paciente. Além do atendimento nas Clínicas de Internação, a equipe ampliou sua atuação com o atendimento ambulatorial, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. Para ser atendido, o paciente é encaminhado pelas especialidades médicas ou pela equipe multiprofissional do Hospital.
Para Darci Pinto de Jesus, 65 anos, comerciante no município de Vigia de Nazaré, nordeste paraense, a palestra foi importante para lembrar os cuidados com a memória. Ela ficou surpresa com o trabalho de recuperação desenvolvido pelo HOL. “Nós, pessoas idosas, estamos precisando muito disso. Passei por uma cirurgia há quatro anos e, desde então, fiquei esquecida. É bom saber que o Hospital se preocupa conosco, e saber que posso receber esse tratamento mesmo morando longe é muito tranquilizador”, disse Darci.
Texto: David Martinez, sob supervisão de Leila Cruz - Ascom/HOL