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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Na Suíça, Helder Barbalho ressalta quebra de paradigma com COP 30 na capital paraense

Ao participar do Fórum Econômico Mundial, chefe do Executivo ressaltou a importância do debate sobre meio ambiente na Amazônia

Por Igor Nascimento (SEMAS)
21/01/2025 11h55
Na Suíça, o governador Helder Barbalho destaca: ″o Estado do Pará ousou ao tomar a decisão de construir uma nova história″

O governador do Pará, Helder Barbalho, participou, nesta terça-feira (21), de um painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, em que a COP 30 e os novos esforços do Brasil diante de um cenário de protagonismo global estiveram em destaque. No evento, que abordou amplos desafios socioeconômicos para o país, como desigualdade e transição energética, o chefe do Executivo Estadual destacou a construção da política ambiental e climática iniciada em 2019 no Pará, que resultou na redução do desmatamento em níveis históricos, no desenvolvimento do Plano Estadual de Bioeconomia, na estratégia de Pagamento por Serviços Ambientais e no lançamento da concessão para restauração florestal, estratégia pioneira no país. 

O painel “Brazil: More Action Ahead?” contou com participações do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); Eduardo Paes, prefeito da cidade do Rio de Janeiro; Ilona Szabó de Carvalho, cofundadora e presidente do Instituto Igarapé; e Luana Marques Garcia Ozemela, vice-presidente de Impacto e Sustentabilidade do Ifood, 

“O Estado do Pará, em 2019, ousou ao tomar a decisão de construir uma nova história, um novo caminho para o seu modelo de uso da terra e estratégia de desenvolvimento do estado. Lembremos que o Pará protagonizou ao longo do tempo um modelo extrativista e exploratório de uso do solo. A partir disso, nós precisávamos combater ilegalidades ambientais, diminuir desmatamento e queimadas, e isso tem trazido um resultado importante”, disse. 

Helder Barbalho destacou ainda como o estado investiu no incentivo à mudança de uso do solo, por meio do Plano Estadual Amazônia Agora, adotando estratégias que, segundo o governador, incentivam a mudança da lógica da pecuária de extensividade e sim criar um conceito de intensificação. “De 2021 a 2024 nós conseguimos aumentar em 3 milhões o número de cabeças de gado e reduzimos em 42% o desmatamento, então foi possível reduzir o desmatamento e aumentar o número de cabeças de gado”, exemplificou ele, como resultado. 

Bioeconomia, carbono e restauração 

Helder Barbalho usou como exemplos a criação do Plano de Bioeconomia, a inserção do estado no mercado de carbono, o desenvolvimento da política de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e a concessão para restauração para evidenciar os resultados da estratégia adotada pelo Executivo.

“Criamos um plano de bioeconomia, identificando os principais produtos da biodiversidade que poderiam agregar valor e gerar uma nova economia em escala, destacando bioalimentos, cosméticos, fármacos, biomateriais, e no mercado de carbono, hoje o estado já tem, projetado em certificação cerca de 300 milhões de toneladas a serem comercializadas, e partimos agora para a lei de repartição dos recursos das transações dos créditos, para ficar em lei quanto cada um tem direito, e estes são povos indígenas, quilombolas, extrativistas, agricultura familiar e atividades rurais também e o que couber ao estado a ser aplicado na continuidade da política de redução do desmatamento”, disse Helder. 

“O Brasil não mais dará conta de entregar os seus compromissos apenas preservando, nós temos que restabelecer o estoque florestal e o Etado do Pará, neste momento, está fazendo a primeira concessão de restauro do Brasil. São 10 mil hectares de uma área que historicamente sofreu a maior pressão da pecuária em toda a Amazônia, conhecida como APA Triunfo do Xingu, e agora em março estaremos na bolsa de valores de São Paulo para fazer a concessão por 40 anos”, complementou o governador, adicionando que no âmbito da estratégia de PSA, o Estado já remunera agricultores por serviços de regeneração de áreas degradadas ou alteradas. 

Protagonismo e COP 30 

O governador do estado sede da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP 30), este ano, também destacou que o Brasil e a Organização das Nações Unidas quebram um paradigma ao promover o debate sobre meio ambiente na Amazônia.

“Fazer a COP na Amazônia, pós Dubai, pós Baku, é uma mensagem clara que as Nações Unidas dão quando escolhem uma cidade da Amazônia, e é uma mensagem clara do Brasil, que está quebrando um paradigma, com a coragem de colocar as pessoas para discutirem meio ambiente com o pé na floresta, para conhecer efetivamente o que é viver na Amazônia. Nós temos 29 milhões de pessoas que vivem lá e que precisam ser enxergadas. Não podemos deixar de aproveitar o que a COP em Belém, na Amazônia, o protagonismo do Brasil, pode nos deixar no dia seguinte a isto, e por isso eu destaco que nós devemos buscar como nação”, concluiu Helder Barbalho.