Em Afuá, Emater aponta agricultura familiar como instrumento para preservação regional
Equipe da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) participou de conferência e defendeu ações mitigadoras dos efeitos climáticos
Na manhã desta quarta-feira (15), em Afuá, no Marajó, dentro da programação da 3ª Conferência Municipal de Meio Ambiente de Afuá, promovida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semamb), o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) conversou com a sociedade civil sobre ações mitigadoras dos efeitos climáticos e sobre como a assistência técnica e a extensão rural (ater) públicas podem contribuir com a preservação da natureza.
Sob o anúncio de “Rumo à Cop-30”, em alusão à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (Cop-30) na capital paraense Belém, em novembro de 2025, e o tema “Emergência Climática: o Desafio da Transformação Ecológica”, o evento realiza-se no Centro Folclórico Lagostão, no bairro Centro, com a participação massiva das comunidades ribeirinhas atendidas pela Emater no município.
A palestra do chefe do escritório local da Emater em Afuá, o engenheiro agrônomo Alfredo Rosas, especialista em Manejo Ambiental de Solos, contextualiza a agricultura familiar no município conhecido como a “Veneza Brasileira”, pela referência dos canais como vias de tráfego na cidade italiana Veneza, ou “Amsterdã Tropical”, pela semelhança com a capital da Holanda pela tradição de uso de bicicleta como meio cotidiano de transporte.
“Em termos ambientais, somos um município atípico na pós-modernidade, porque não usamos carro e moto, o que impactaria na emissão de co2 (dióxido de carbono - gás tóxico). Em contrapartida, dependemos de termelétrica a diesel. Existe todo um conjunto de variáveis na nossa cultura e nosso ecossistema”, pontua. Em nome da Emater, o especialista ocupa a cadeira de segundo-secretário do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Afuá (CMMA).
Um dos resultados preservacionistas do atendimento na Emater considera os projetos de manejo de açaizais nativos: “Manejar é uma intervenção que resguarda a floresta em pé e mantém a diversidade de espécies, com equilíbrio e sustentabilidade”, explica.
De acordo com o gestor, ainda, a participação da Emater nas dinâmicas de educação ambiental organizadas pela Prefeitura também vêm destacando a conscientização da população sobre lixo. “São muitas frentes de trabalho da Emater que significam de forma direta e indireta desenvolvimento sustentável, respeito aos recursos naturais e produção limpa, com fins de segurança alimentar e geração de trabalho e renda.”, diz
Texto de Aline Miranda