Segup oficializa medida para coibir roubo e furto de celulares
Segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Púbica e Defesa Social (Segup), o aparelho celular é um dos objetos mais visados pelos criminosos. No período de janeiro a 14 de outubro de 2015 foram registrados 11.329 roubos e 3.919 furtos de aparelhos. No comparativo do mesmo período entre os anos de 2014 e 2015, Belém e Região Metropolitana registraram quedas de 3,18% e 5,50%, respectivamente.
Com a perspectiva de uma maior redução nas especificidades dos delitos, o titular da Segup, Jeannot Jansen, assinou na terça-feira, 20, a resolução n° 001/2015 do Comitê Integrado de Gestores da Segurança Pública (CIGESP).
A iniciativa vai permitir, a partir do dia 1° de novembro, o bloqueio de aparelhos celulares roubados ou furtados, após registro de ocorrência nas unidades policiais de todo o Estado. Até o final deste mês, a Polícia Civil deve tomar medidas e expedir instruções para normatizar o procedimento de bloqueio. “Vamos reunir com nossas equipes da capital e do interior a fim de estabelecermos nossa atuação e o atendimento ao usuário”, disse o delegado Geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino.
O serviço ficará centralizado no Núcleo de Inteligência da PC, tudo para facilitar a troca de informações com as operadoras, responsáveis pelo bloqueio dos aparelhos. Rotineiramente, o Núcleo vai atualizar um banco de dados de solicitações de bloqueio.
Para realizar o procedimento, o usuário precisa do número do IMEI -Identificação Internacional de Equipamento Móvel, basta digitar *#06#. De posse do número no momento da ocorrência, a operadora terá 12 horas para bloquear o aparelho. Até o final desta semana, a resolução será publicada no Diário Oficial do Estado.
Para o secretário de segurança, Jeannot Jansen, a medida deve impactar na redução dos crimes de receptação dos aparelhos. “O intuito dessa prática criminosa é repassar esses objetos para outras pessoas, uma comercialização proibida. Sendo assim, a inutilidade do celular, após o roubo ou furto, é uma maneira de desestimular esse tipo de crime e prevenir outros derivados, como o tráfico de drogas”, ressaltou.
Durante reuniões do CIGESP, que ocorrem semanalmente na sede da Secretaria, gestores de segurança pública apontaram a necessidade de programar a realização desse modelo de ação. O exemplo veio do Estado de São Paulo, que deu inicio a medida, com resultados que vêm dando certo na capital paulista.