Projeto Africanidades apresenta cultura africana aos estudantes de Bragança
Os mais de 1,2 mil estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental Monsenhor Mâncio Ribeiro, em Bragança, no nordeste do Pará, terão a oportunidade de aprender a importância da cultura africana na formação do povo brasileiro e da própria cidade onde vivem. Nesta quinta-feira (5), foi lançado na escola o projeto "Africanidades: a formação do povo", com a presença de alunos e de representantes da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Estadual do Pará (Uepa), Instituto Federal de Educação do Pará (IFPA) e comunidade em geral.
As ações do projeto continuam durante todo o mês de novembro. Os estudantes participarão de atividades que tratam da formação do povo brasileiro e a influência da cultura africana com palestras sobre direitos humanos, igualdade racial e social e historia africana, entre outros temas. Também ocorrerão oficinas de dança, criação de vestuário e outros elementos, inclusive com atrações culturais influenciadas pelos 54 países do continente africano.
As atividades vão culminar com um grande evento no dia 24 de novembro, na Escola Monsenhor Mâncio Ribeiro, quando o trabalho das oficinas será apresentado à comunidade em geral. Haverá ainda um desfile de trajes africanos inspirados nos países do continente e que foram confeccionados pelos próprios estudantes.
O professor Hugo Costa, gestor da Escola Mâncio Riberio, explica que a ideia do projeto surgiu no começo do ano, durante a jornada pedagógica, em debate com professores que sentiram a necessidade de abordar a cultura africana. "O objetivo era usar o Africanidades como norte para vários projetos de educação, principalmente porque Bragança tem forte influência da cultura negra", explica.
O professor ressalta que o interesse dos alunos no projeto está sendo muito grande. Estudantes das turmas do sexto ano do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio participam das atividades de preparação desde o mês de agosto. Até mesmo os alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), que normalmente não dispõem de tempo para participar de atividades extraclasse, apoiam ativamente o projeto.
"Depois do Enem, muitos estudantes estavam dispersos na escola, mas eles voltaram em peso para as atividades do projeto, e o que começou como algo pequeno foi ganhando contornos muito maiores e o apoio de várias pessoas", conta Hugo Costa. O projeto Africanidades também tem a parceira do "Projeto Aluno Repórter", em que os estudantes da rede estadual de ensino de Bragança ajudam na cobertura do evento, com produção de vídeos, material de rádio e web.