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EVENTO INTERNACIONAL

Ações de educação sanitária e prevenção à monilíase marcam participação da Adepará no Chocolat Amazônia

Desenvolvimento da cacauicultura, ações fitossanitárias e produtos com selo inspeção foram apresentados nos quatro dias do evento no Hangar

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
30/09/2024 14h42

Após 4 dias de evento no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) se despediu da Chocolat Amazônia e Flor Pará 2024. Com participação na programação do evento, que incluiu o Fórum da Cacauicultura e a Câmara Setorial do Cacau, importantes momentos de debates sobre o desenvolvimento do setor, a ADEPARÁ apresentou as ações que tem contribuído para evitar a entrada do fungo da monilíase no território paraense. 

Durante a Câmara Setorial do Cacau, composta por 17 entidades, a Agência de Defesa reforçou o compromisso com os produtores de cacau e orientou que eles façam seu cadastro junto à Adepará para que as ações de sanidade dessa cadeia produtiva alcancem mais regiões do estado, apoiando a geração de renda para a agricultura familiar, povos originários e comunidades quilombolas. 

Visitantes conheceram o trabalho da AdeparáNos painéis, o diretor-geral da ADEPARÁ, Jamir Macedo, reiterou as medidas de prevenção e fiscalização, adotadas pelo Estado, como a criação de mais um posto de fiscalização agropecuária na base Candiru, em Óbidos. "Nós vamos ter três postos de fiscalização realizando ações ao longo do rio Amazonas, na divisa com o estado do Amazonas. E vamos ter também postos em Almeirim, Porto de Moz e no estreito de Breves. Assim, conseguimos ter um controle bem eficaz ao longo do rio Amazonas", explicou o diretor.

Ele também falou sobre o mapeamento das zonas de risco para a monilíase, uma medida importante de proteção do território contra o fungo. "Temos equipes em Itaituba e Jacareacanga, também vigilantes nessa rota do Amazonas. A gente não pode deixar essa parte do estado sem o nosso olhar, sem o nosso controle do trânsito agropecuário, porque se passamos uma moto sequer, já é preocupante, a gente tem que ficar vigilante", ressaltou.

Com as ações em curso, a ADEPARÁ protege regiões produtoras como a transamazônica, que detém 40% da produção de cacau do Brasil. "A região da Transamazônica é extremamente importante para a cacauicultura. Está cada vez mais crescendo, mais produtores estão se integrando à cadeia. Isso possibilita maior desenvolvimento, geração de emprego e renda para a nossa gente", destacou o diretor. 

Técnicos da ADEPARÁ falaram sobre o trabalho da inspeção de produtos artesanaisComo instituição responsável pela sanidade dos cultivos agrícolas, a ADEPARÁ também trouxe para o Festival produtos regionais inspecionados e processados em agroindústrias artesanais, uma política pública que impulsiona a economia em diversos municípios. Os itens possuem o Selo de Produto Artesanal e podem ser comercializados em todo o Estado.

O comerciante Davi Miyahara visitou o estande da ADEPARÁ. Ele possui uma área de 150 hectares em Inhangapi e pensa em retomar o cultivo do cacau. Na conversa com os técnicos da Agência de Defesa, foi orientado a procurar o escritório da ADEPARÁ em Inhangapi para fazer uma visita à propriedade.

"Nós orientamos ele a procurar uma de nossas unidades no município onde ele mora para receber as orientações sobre o cadastro de propriedade e produção, assim ele terá o acompanhamento e vai poder regularizar a sua produção", disse Carla Ribeiro, auxiliar de campo da ADEPARÁ.

Produtos inspecionados chamaram a atenção dos visitantesDurante o evento, as farinhas e farofas foram os itens que mais chamaram a atenção da artesã Heloísa Almeida. Radicada em Salvador, na Bahia, ela não vive sem a farinha paraense.

Dona Heloísa provou as farinhas"A farinha é a perdição do paraense. Com jambu e esses temperinhos deliciosos nem se fala. Então, eu sou paraense da gema. Temos que valorizar cada produto nosso, porque são únicos. Você não vai encontrar em outros lugares. Pode até encontrar, mas não vai ter a qualidade, o sabor que a gente só encontra aqui".

Atraído pelos produtos regionais, o consultor de políticas públicas Frederico Brandão ficou surpreso com a quantidade de produtos com o selo artesanal. "Eu não conhecia esse trabalho de certificação e também nunca tinha reparado no selinho, aí eu vou começar a olhar agora no supermercado porque é bom comprar com o selo, porque você sabe que teve uma inspeção, obedecidas às normas de higiene", disse.

Panfletos informativos sobre monilíase foram distribuídosO estande da ADEPARÁ na Chocolat Amazônia Flor Pará também recebeu a visita de representantes de instituições parceiras. "Visitar a ADEPARÁ é um momento de troca de experiência profissional, é uma parceria que vai além de ações e projetos, na busca de soluções para o nosso Estado", disse Valquimário Lemos, chefe da Embrapa Amazônia Oriental.

Frederico Brandão se surpreendeu com a quatidade de produtos certificados pela AgênciaE um grupo de trinta estudantes do Centro Brasileiro de Cursos, a maioria do curso de empreendedorismo. "A equipe da ADEPARÁ está de parabéns, pelo atendimento e pelo conhecimento repassado aos nossos alunos, temos certeza que lá na frente vão colocar em prática as informações compartilhadas aqui", disse Michele Ferreira, que coordenou a visita dos estudantes, ADEPARÁ se despede do Festival Chocolat Amazônia.