Extensionistas da EMATER concluem curso que abre mais oportunidades de desenvolvimento da cadeia do cacau
Com o Pará detentor do status de maior produtor de cacau do Brasil, 21 Extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) concluíram o curso de Sistema de Produção de Cacau em Sistemas Agroflorestais (SAFs) e Crédito Rural, visando manter a qualidade das produções, além de proporcionar aos produtores, acesso à créditos rurais por meio de projetos elaborados pelos técnicos, abrindo mais oportunidades de desenvolvimento da cadeia. O encerramento aconteceu na sexta-feira, 13, na Estação Experimental José Haroldo (Erjoh), da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), onde estava ocorrendo o curso.
O encerramento contou com a participação do Secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Giovanni Queiroz, uma das idealizadoras da qualificação, que foi realizada por meio do Programa Territórios Sustentáveis (TS), da qual também participaram técnicos da própria secretaria, Banpará e duas extensionistas do Estado do Maranhão.
Durante uma semana, com aulas teóricas e práticas, onde os participantes percorrem os 70 hectares de plantio de cacau da Estação Experimental da Ceplac, conheceram técnicas de manejo, incluindo o sistema agroflorestal, diferentes formas de produção e processamento final para o mercado.
"O trabalho dos Extensionistas é essencial para manter o desenvolvimento da cacauicultura paraense com orientações técnicas. E este curso irá proporcionar mais qualidade no atendimento dos técnicos da EMATER aos produtores", ressaltou o presidente da EMATER, Joniel Abreu.
Fernando Teixeira Mendes, Coordenador Regional de Pesquisa e Inovação da Ceplac, que ministrou o curso, pontou que o Estado contará com mais especialistas em cacau, que manterão a qualidade da produção.
"O curso é importante pela oportunidade que estamos tendo de dividir conhecimentos. A CEPLAC como instituição que rege o desenvolvimento da cadeia nacionalmente, hoje está qualificando mais especialistas em cacau para o Estado, para que possam executar com mais qualidade as atividades do setor. E a EMATER será uma dessas instituições que terão especialistas na área".
Todo o conhecimento adquirido agora será levado aos agricultores dos 21 municípios que são atendidos pelos Escritórios locais da Empresa de Extensão.
Dalvair José Fima, chefe do Escritório Local de Mojuí, explica que no município atendem cerca de 40 produtores de cacau pelo Território Sustentável. E a Emater mantém 3 viveiros comunitários, com 35 mil mudas resistentes a pragas e doenças, oriundas de sementes doadas pela Ceplac. Os principais desafios da cadeia produtiva são acesso a crédito rural e atualização tecnológica dos agricultores.
"O momento é de mais conhecimento e de fortalecimento de parcerias institucionais. Vem a acrescentar, a somar, a melhorar", disse.
O chefe do escritório local da EMATER do município de Placas, quarto maior produtor de cacau, com 11,4 mil toneladas, Edmilson Matos, considera que com a qualificação, eles poderão levar novas técnicas aos agricultores, colaborando com a qualidade do produto.
"Temos um trabalho muito importante para o desenvolvimento da cadeia produtiva de cacau. E agora, vamos levar mais conhecimentos que serão repassados aos agricultores para valorizar suas produções, aumentando sua renda e melhorando sua qualidade de vida".
Produção
Segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), o Estado registra 31.515 produtores de cacau. Com cincos maiores municípios produtores, Medicilândia 51,3 mil toneladas, Uruará 19 mil toneladas, Anapu 11,5 mil toneladas, Placas 11,4 mil toneladas e Brasil Novo 7,8 mil toneladas.