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Seju promove evento para conscientizar sobre impactos do superendividamento na saúde mental

A ação também celebra os 34 anos do Código de Defesa do Consumidor e destaca a contribuição da educação financeira na promoção do bem-estar psicológico e social

Por Igor Oliveira (SEJU)
11/09/2024 14h43

A Secretaria de Estado de Justiça (Seju), por meio da Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Pará) e da Coordenadoria de Monitoramento de Direitos Violados (CMDV), promoveu a palestra "Os reflexos do superendividamento na saúde mental do servidor", nesta quarta-feira, 11, em Belém. 

A ação contou com a participação do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Estado (DPE) e do Grupo de Estudos em Educação Financeira da Amazônia da Universidade Federal do Pará (UFPA). O tema faz alusão à campanha do "Setembro Amarelo", dedicada à conscientização sobre a prevenção ao suicídio, e destaca a importância de compreender os impactos da situação financeira sobre o bem estar individual e familiar.

A diretora do Procon Pará, Gareza Moraes, explica que o evento celebra os 34 anos do Código de Defesa do Consumidor (lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990) em ação conjunta com a promoção da saúde mental para servidores públicos da Seju e de outros órgãos a partir da análise do superendividamento e seus efeitos psicológicos e sociais.

"A mudança mais recente no Código de Defesa do Consumidor, em 2021, diz respeito à inclusão de trecho que trata de prevenção e tratamento do superendividamento. É um cenário que demanda muito do Procon e pode acarretar efeitos graves sobre a vida humana. Por isso é importante sempre conversar a respeito e destacar o papel da educação financeira", reitera Gareza.

Atenção à saúde - O psicólogo da CMDV, João Paulo Nogueira da Silva, falou sobre possíveis razões que levam alguém a contrair dívidas que ultrapassam o seu orçamento, incluindo motivos de ordem cognitiva e afetiva. Destacou ainda alguns dos efeitos patológicos causados, como produtividade laboral reduzida, ansiedade e depressão.  

"Começa a ideia de que não se é capaz de gerir uma função e de sustentar uma família. Então vem uma pressão pessoal e social de que é preciso dar algum jeito. Mas, em alguns momentos, não se dá desse jeito. E aqui pode vir um pensamento depressivo ou mesmo suicida para tentar sair daquela situação", explica.

A técnica em gestão de direitos humanos e cidadania da Seju, Odilene Andrade, aprovou o conteúdo da palestra. "É uma tema muito importante não apenas para nós servidores, mas para qualquer pessoa. Ter consciência da sua saúde mental em relação à sua vida financeira, conhecer esse sinais de alerta, de como se comportar, de verificar se a saúde está sendo afetada pela questão das dívidas. Gostei muito da maneira como falaram disso".