Médicos veterinários: pilares da saúde e prosperidade agropecuária no Pará
No Pará, profissionais são destaques nas cadeias produtivas animais, fortalecendo a economia e garantindo a segurança alimentar
Nesta segunda-feira, 9, é celebrado o Dia do Veterinário e o Governo do Pará segue com a valorização do trabalho deste profissional quanto ao desenvolvimento econômico e na saúde pública. Por meio da capacitação contínua, os veterinários estaduais desempenham um papel fundamental na manutenção da saúde dos rebanhos e na expansão das exportações, contribuindo para o desenvolvimento econômico do estado e competitividade dos produtos do estado no mercado global.
Tendo o segundo maior rebanho bovino do Brasil, totalizando 26.112.860 animais, o Pará se destaca graças a atuação intensa dos veterinários em programas de saúde animal, fiscalização de doenças e implantação de sistemas como a rastreabilidade bovina, que asseguram a qualidade e a procedência dos produtos derivados.
Em março deste ano, o Pará conquistou o reconhecimento nacional de Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação, dado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), um marco que destaca a eficácia das políticas de saúde animal do Estado. O status foi alcançado após um rigoroso processo de vistoria e coleta de amostras de sangue dos bovinos, com estudos que comprovaram a ausência do vírus da febre aftosa em todo o território paraense.
Outro resultado importante para a economia paraense foi a habilitação de quatro frigoríficos a comercializarem carne para a China, conforme divulgação do Ministério, ampliando para oito o número de frigoríficos habilitados para a exportação.
Graziela Oliveira, gerente de Defesa Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), afirma que "o médico veterinário tem um papel essencial na defesa sanitária animal, sendo responsáveis pela prevenção, controle e erradicação de doenças que podem afetar tanto os animais quanto os seres humanos, promovendo uma saúde única."
Além dos bovinos, o Pará possui cadeias produtivas robustas em outros setores: cerca de 3,8 milhões de aves de corte são alojadas mensalmente; mais de 560 mil suínos são geridos em 33 mil propriedades; e o estado lidera a produção de mel na região Norte com uma participação de 65%.
A vasta gama de atividades no estado é supervisionada por cerca de 188 veterinários da Adepará, que se dedicam a programas sanitários e à fiscalização do trânsito agropecuário, inspeção de laticínios e frigoríficos. A importância desses profissionais vai além do campo, impactando diretamente a segurança alimentar e a saúde pública.
Em 2024, a Adepará intensificou suas ações educativas, com 5.926 eventos em diversos municípios, aumentando a conscientização sobre a importância da inspeção e consumo de alimentos seguros.
As atividades de defesa sanitária incluíram 1.597 acompanhamentos de vacinação e 2.735 fiscalizações em revendas agropecuárias, fortalecendo a infraestrutura necessária para a prevenção de doenças como febre aftosa e brucelose, ambas com significativo impacto econômico e sanitário.
A rastreabilidade, medida pioneira implementada pelo estado, prevê a identificação de todo o rebanho paraense até dezembro de 2026, garantindo a integridade sanitária e ambiental dos animais desde o nascimento até o abate.
Já a Emater, por meio de sua atuação com o agricultor familiar, desempenha um papel crucial em várias cadeias produtivas animais. Lázaro Silva, médico veterinário e chefe do Escritório Local da Emater em Belém, explica que os veterinários da agência estão intensamente envolvidos na implementação de boas práticas de criação animal.
“Desde a reprodução, criação até o abate, garantimos que as práticas sustentáveis e éticas sejam aplicadas, refletindo no bem-estar animal e, consequentemente, na saúde pública”, afirma Silva.
A Emater também atua nas cadeias de bovinocultura de corte e de leite, suinocultura e avicultura, principalmente no suporte a agricultores familiares, promovendo a segurança alimentar e sustentabilidade ambiental.
Mauro Lúcio Costa, pecuarista de Paragominas, enfatiza que a ação do médico veterinário pode estar diretamente ligada à saúde animal, mas na cadeia de produção e alimentação, a qualidade do consumo dos produtos vindos da agropecuária reflete diretamente na saúde das pessoas.
"O trabalho do veterinário é crucial para o crescimento da nossa pecuária, não apenas no aspecto comercial, mas também no cuidado com a saúde pública”, conclui Costa.