Programação do Dia das Mães no Ophir Loyola homenageia pacientes e servidoras
Em Belém, Hospital promoveu momentos de descontração e de religiosidade durante semana voltada para valorização da figura materna
A celebração da semana alusiva ao Dia das Mães no Hospital Ophir Loyola (HOL) foi diversificada e contemplou usuárias, acompanhantes e servidoras da instituição. No hall de entrada do hospital, tapete vermelho, flores e um trono compuseram o cenário montado especialmente para recepcionar as homenageadas do mês. Já o auditório Luiz Geolás de Moura Carvalho foi o espaço escolhido para um culto ecumênico, realizado nesta sexta-feira (10), pelo pastor Weverton Castro, da Igreja Adventista do Marco, e pelo diácono Marcelo Lopes, da Paróquia Santíssima Trindade.
Recepcionados pelo diretor-geral Jaques Neves e membros da diretoria do hospital, o público que compareceu ao auditório acompanhou atentamente as palavras ministradas pelos líderes religiosos, que ressaltaram o amor e afeto desmedido das mães.
“Compartilho com vocês um pedacinho da história da maior mãe da Bíblia, Maria. Ela se tornou mãe muito jovem e no primeiro milagre de Jesus, em Caná da Galiléia, foi ela quem descobriu o cenário e ajudou o filho a realizar o primeiro milagre. Ela é o símbolo da mãe que nunca abandonou o seu filho. No momento da glória e dos milagres, lá estava Maria. No momento da cruz, lá estava Maria. Que Deus nos dê o dom da gratidão e que você aprenda a ser grato pela mãe e pela família que teve”, afirmou o pastor Weverton no púlpito.
A auxiliar operacional Maria de Lourdes Raiol atua há 35 anos no HOL e, durante o evento religioso, não conteve a emoção. “Eu participo das missas realizadas aqui no hospital e é sempre muito emocionante ouvir a palavra de Deus. Eu sou mãe, avó, e eduquei os meus filhos com base na criação que eu tive. Infelizmente, não tenho mais a minha mãe comigo, mas ao ouvir os discursos, eu pude relembrar muita coisa do que eu vivi desde criancinha. Não faltou amor e ouvir falar de Maria, exemplo maior de mãe, é reconfortante. A minha mãe me ensinou muito e eu só tenho a agradecer a Deus por ter tido esse privilégio”, disse Lourdes com lágrimas nos olhos.
Acolhimento - Em parceria com as divisões de Serviço Social, Terapia Ocupacional, Nutrição e com o setor de Humanização, as usuárias atendidas no Serviço de Hemodiálise receberam chocolates, brindes, kits de higiene e serviços de limpeza de pele. As pacientes participaram ainda do Cine Ophir, projeto que exibe produções cinematográficas contemporâneas nas dependências da instituição. “São lembranças com toque de doçura que tornam esse momento ainda mais especial. A programação é o reconhecimento da importância da figura materna nas nossas vidas”, afirmou a assistente social Alessandra Sardinha.
Apresentações musicais e distribuição de kits, lanches e brindes também integraram homenagens no Segundo Departamento de Câncer do hospital. Momento de emoção para servidoras, como a enfermeira Janete Nahum, gerente da clínica. “Sou mãe de dois filhos e proporcionar esse momento para outras mães é algo indescritível, imensurável. Mãe é símbolo de amor, humanidade, carinho, agregação e é muito gratificante homenagear a todas que estão aqui conosco. São mães pacientes, mães acompanhantes, mães servidoras. Todas puderam sentir essa atmosfera de amor criada com a programação”, disse a profissional da saúde.
A paciente Jardyla Santos, 37 anos, acompanhou o show de Marcello Wall, realizado nos corredores do hospital. Ela é natural de Rondon do Pará, sudeste do estado, e estava empolgada com a apresentação do cantor, apesar da saudade do filho Lucas, de 13 anos, que ficou na cidade natal.
“Fui muito bem recebida aqui no Ophir. Os profissionais são ótimos, extremamente receptivos e a música me alegrou e amenizou a ansiedade de saber que vou passar o dia das mães longe do meu filho. Minha ligação com ele é muito forte. Há dois anos, antes de descobrir que meus rins não estavam saudáveis, eu passei muito mal e pedi a Deus que me desse a oportunidade de criar o meu filho. Quando eu tive alta e o reencontrei, chorei de felicidade. Tenho certeza que tudo vai ficar bem e que logo vou abraçá-lo de novo”, contou Jardyla, que conta com o colo da mãe, a dona de casa Iracema Santos, 54 anos.
“O problema de saúde da minha filha só nos une cada vez mais. Há momentos de muita dor e, às vezes, sinto que o problema dela dói mais em mim. Mas passar o dia das mães perto da minha filha será satisfatório, pois sei que estou de pé e saudável para ficar e cuidar dela. Não são todas as pessoas que têm a oportunidade de ficar do lado da mãe, mas, graças a Deus, eu tenho a oportunidade de proporcionar isso para a Jardyla. Para aqueles que não têm mais a mãe por perto, quero que se sintam acolhidos por Deus, pois a palavra do Senhor diz que Ele jamais abandona os seus”, concluiu Iracema.
Texto de Ellyson Ramos / Ascom HOL