Em Belém, obras no Ophir Loyola vão elevar padrão da assistência
Hospital terá ambientes mais atualizados e novas tecnologias para combate ao câncer
Centro de Cuidados Paliativos OncológicosO governo do Estado executa diversas obras, simultaneamente, para modernizar a estrutura física e instalar tecnologias avançadas no Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém. Os trabalhos abrangem o serviço de Radioterapia, Medicina Nuclear, Laboratório de Análises Clínicas e Central de Material Esterilizado e a nova Unidade de Cuidados Paliativos Oncológicos (CCPO). A iniciativa vai aprimorar a estrutura e elevar o padrão da assistência em oncologia para pacientes encaminhados pela rede básica, ambulatorial e hospitalar estadual.
“Essas intervenções visam proporcionar melhorias na ambiência hospitalar, ampliações e melhorias nas instalações físicas e atualização dos recursos tecnológicos hospitalares. Com o apoio do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Saúde Pública, assumimos o compromisso de fortalecer a assistência à saúde, a prestação de serviços de alta resolutividade, de forma humanizada e articulada com as políticas públicas e em parceria com a sociedade civil”, destacou o diretor-geral João de Deus.
RadioterapiaCertificado como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), o HOL participa do Plano Estadual e da Rede de Atenção Oncológica do Estado do Pará. É responsável pelo atendimento de adultos com casos de câncer do aparelho ginecológico, urológico e digestivo das regiões de saúde metropolitana I, II e III. Também é referência para o atendimento de todos os tipos de câncer em todas as regiões de saúde do Pará. De 2019 a 2023, o HOL prestou assistência a 36.445 pacientes, totalizando mais de 3 milhões de atendimentos em oncologia.
As obras do Parque de Radioterapia preparam o serviço para a instalação de um novo tomossimulador, (aparelho necessário ao planejamento da quantidade exata de radiação), e dois aceleradores lineares de partículas HalcyonTM, em substituição aos equipamentos que já tinham mais de 30 anos de uso. As obras devem ser entregues até o final do primeiro semestre. Enquanto as obras estão em curso, os pacientes são encaminhados para empresas terceirizadas e Hospital Barros Barreto para fazer o tratamento radioterápico.
RadioterapiaSegundo o diretor-geral, João de Deus, é desafiador modernizar um hospital em pleno funcionamento e gerenciar obras complexas para atender os requisitos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e às legislações vigentes.
“Para se ter uma ideia, somente o volume de concreto usado para alojar os aceleradores lineares é comparado a um prédio de grande porte. Também foi realizado um cálculo de radioproteção para as paredes, além de outros parâmetros que são seguidos à risca para garantir a instalação correta dos equipamentos e a segurança quanto a radiação”, disse João de Deus.
"Os novos equipamentos são mais ágeis, reduzem a exposição à radiação e realizarão todos os tratamentos de teleterapia: convencional 3D, radioterapia com intensidade modulada (IMRT), radioterapia guiada por imagem (IGRT) e radiocirurgia. As novas ferramentas oferecem uma perspectiva mais otimista no combate ao câncer, com intervenções terapêuticas mais eficazes e com menos efeitos colaterais nas estruturas da área que não precisam receber os feixes de radiação. E aumentarão a capacidade operacional do serviço, permitindo tratar mais de 180 pacientes novos por mês”, completou Ana Paula Borges, superintendente do Instituto de Oncologia do HOL.
Laboratório de Análises ClínicasA Medicina Nuclear também passa por reconstrução e ampliação para a instalação do equipamento Pet-Scan, tecnologia usada no diagnóstico e estadiamento do câncer. A sala está sendo projetada para receber equipamento de grande porte e necessita de uma estrutura reforçada, climatização e sistema elétrico em consonância com as especificações do fabricante, assim como blindagem radiológica. A obra necessita de materiais de alta densidade para garantir a radioproteção. Os pacientes são assistidos em serviços terceirizados até a conclusão desse ambiente.
Nesse espaço, também será instalada uma sala de ventilação pulmonar, uma sala de controle de qualidade, duas salas de repouso, uma sala de recuperação, uma sala para receber a Gama-câmara - aparelho usado para visualizar a localização de diversos órgãos após a administração de baixas doses de um radiofármaco.
A previsão é de que o Serviço de Medicina Nuclear seja entregue em pleno funcionamento no segundo semestre de 2024.Também está sendo reconstruída a Nova Central de Material Esterilizado (CME), setor que prepara, controla e distribui os materiais médico-hospitalares adequadamente processados requisitados pelos serviços que prestam assistência aos pacientes- para atender as normas vigentes, nos termos das intimações da Vigilância Sanitária. A entrega está prevista para o segundo semestre.
No primeiro semestre, deve ser entregue o casarão, antiga residência do vice-governador do Estado do Pará, que passa por restauração e preservação do Patrimônio histórico e cultural. O projeto prevê a restauração completa do imóvel, adequando-o às necessidades atuais para a instalação das diretorias, em consonância com Código de Obras de Belém e demais normas pertinentes à execução de obras. Com o objetivo de garantir a assistência personalizada e qualificada a pacientes com câncer em progressão, em breve será entregue a nova unidade de Cuidados Paliativos Oncológicos (CCPO) do Hospital, localizada no bairro do Jurunas.
O serviço oferecerá assistência especializada, controle da dor e de demais sintomas da doença. A gestão estadual investe em estrutura que assegure maior conforto e cuidado humanizado aos pacientes. Outro importante serviço que passa por reconstrução é o Laboratório de Análises Clínicas, que está em fase de finalização e deve ser entregue até o final de maio. “O novo espaço vai garantir alto padrão de confiabilidade nos resultados dos exames para melhor auxiliar os especialistas na tomada de decisão pela melhor conduta terapêutica a ser definida conforme a necessidade do paciente”, informou Ana Paula Borges.
“Para além da assistência à oncologia, os projetos de modernização da infraestrutura hospitalar também vão otimizar a prestação de serviços de média e alta complexidade das doenças crônico-degenerativas, nefrologia, neurologia, neurocirurgia e transplantes. O Hospital Ophir Loyola é referência nas regiões Norte e Nordeste, configurando-se como uma das instituições públicas que mais atende pacientes do Sistema Único de Saúde”, concluiu o diretor-geral.