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COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA

Projeto Biizu lança edital para cadastro dos monitores de 2018

Por Redação - Agência PA (SECOM)
01/02/2018 00h00

Rios Trombetas, Guamá, Tapajós, Tocantins, Pará; arquipélado do Marajó, regiões Santarena e do Salgado, sudeste e sul do Pará. No ano que passou foram muitos os rios e estradas percorridas pelo Projeto Biizu, o braço da comunicação comunitária da Secretaria de Comunicação do Pará (Secom), coordenado pela Diretoria de Comunicação Popular e Comunitária. Desde 2011, o Biizu vem trabalhando os princípios da Educomunicação e incentivando o protagonismo das comunidades em sua própria comunicação. Um processo que chega agora ao sétimo ano de trabalho e segue convocando profissionais para atuar em conjunto.

Como em todos os anos, o Projeto Biizu abre edital de seleção da equipe que deverá atuar nos municípios e instituições parceiras. Publicado no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira, 1º de fevereiro, o edital prevê a contratação de profissionais das áreas de fotografia, audiovisual, jornalismo, literatura, produção cultural, radialismo, social mídia, grafite, arte urbana, desenho e contação de história. Uma vez cadastrados, os profissionais são convidados a participar do Projeto Biizu de acordo com as demandas organizadas ao longo do ano.

Em 2017, o Biizu percorreu 25 cidades do Pará, além de escolas e comunidades da periferia de Belém e região metropolitana. Ao todo, foram realizadas 70 oficinas alcançando 1.944 alunos, entre estudantes do Ensino Médio, universitários e profissionais de rádio, jornal impresso e televisão de vários municípios do Estado. Para 2018 já estão previstas oficinas nos municípios de Bragança e Santa Izabel e também na comunidade da Cabanagem, em Belém.

Trabalhando essencialmente com parcerias em projetos de desenvolvimento humano e aperfeiçoamento na área da comunicação, o Biizu não se constitui como provedor de cursos profissionalizantes, mas, sim, como um projeto de aprimoramento de comunicadores populares, colaborando para a formação de agentes da comunicação em comunidades, periferias, instituições e escolas. Exemplo disso são as rádios comunitárias Guarani e Conceição, em Abaetetuba, que desde 2014 recebem oficinas do Biizu em parceria com escolas da região, e hoje estão consolidadas na região como uns dos principais veículos de informação do município.

Outro parceiro do Projeto é a Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, que já recebeu oficinas de texto, audiovisual e fotografia, resultando em exposições de foto, jornais escolares e curta-metragens desenvolvidos pelos alunos durante as atividades. Além disso, as oficinas também colaboraram para aguçar o olhar dos alunos em relação ao seu universo, cooperando, entre outros pontos, para que desenvolvam melhor a técnica de redação.

A aluna Marcele Miranda, 17 anos, é uma desses exemplos. Em 2018 ela teve uma das maiores notas de redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e atribuiu à oficina de fotografia uma das razões para a boa nota: "Foi na oficina que eu aprendi a olhar para os detalhes das coisas e não apenas para o macro. Aprendi a observar o pequeno e o grande nos meus ângulos e isso me despertou para olhar mais para as pessoas ao meu redor. Na hora da redação isso fez diferença, pois o tema foi justamente sobre minorias", disse a estudante.

Cadastro e parcerias

Publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (01), o edital de cadastro de profissionais do Projeto Biizu apresenta a listagem com todos os documentos necessários para a efetivação desse registro, assim como valores de hora-aula, que variam de acordo com a graduação do profissional. Em média, cada oficina do Projeto Biizu é realizada com, no mínimo, 20 horas e os formatos são decidos em conjunto com o parceiro solicitante. Os profissionais convocados não se tornam funcionários da Secretaria, mas, sim, colaboradores eventuais de acordo com a realização das oficinas.

Trabalhando por demanda, o Biizu atende as comunidades de acordo com os projetos que elas apresentam. Uma escola que pretende instituir uma rádio, solicita uma oficina de produção radiofônica e locução, por exemplo. Ou uma comunidade que já trabalha com a produção de vídeos e agora quer dar visibilidade a eles, solicita ao Biizu oficinas de produção de conteúdo para redes sociais ou blogs. Em resumo, cada oficina é realizada de acordo com a necessidade do parceiro que procura a Secom.

Os profissionais interessados em integrar o Projeto precisam efetuar o cadastramento ou recadastramento on-line acessando o site www.biizu.com.br na aba “cadastro Biizu”. Os cadastros realizados em anos anteriores não serão considerados para 2018. Não há prazo de término para o cadastro, podendo ser efetivado ao longo de todo o ano.

Veja abaixo as oficinas trabalhadas pelo Biizu:

AUDIOVISUAL: profissional que domine e transmita conhecimentos sobre os conteúdos relacionados à produção audiovisual em seus mais variados formatos e etapas de produção, edição e que oriente a produção de filmes e vídeos de curta-metragem, preferencialmente utilizando as mídias móveis (celulares, tablets, etc.), bem como desenvolva roteiros e repasse noções sobre iluminação, fotografia, edição e sonorização e direção;

PRODUÇÃO DE TEXTOS: que auxilie os participantes sobre técnicas de divulgação de fatos e informações de interesse público por meio da linguagem textual; que transmita conhecimento sobre redação, edição e conteúdo para jornais, livros, entrevistas, roteiros, artigos, páginas em redes sociais, sites e assessoria de imprensa, entre outros;

JORNAL IMPRESSO: que transmita conhecimento sobre as etapas de criação, formatação, tipos de layout e produção de textos para jornais comunitários; que domine as ferramentas de edição de jornal impresso;

PRODUÇÃO CULTURAL: que auxilie os participantes na organização de projetos artísticos e culturais em vários níveis, como em produções televisivas, festivais, mostras e eventos; que repasse noções das atribuições de um produtor executivo e das atividades pertinentes à função;

PRODUÇÃO EDITORIAL: que domine as etapas de edição de livros, inclusive os artesanais, revistas, catálogos, folhetos, sites e demais produtos com conteúdo de leitura;

RÁDIO E TV: que oriente os participantes na elaboração e na veiculação de programas jornalísticos, esportivos ou de variedades, exceto nas atividades reservadas a jornalistas e atores, como reportagem e dublagem; que auxilie na montagem de programação, redação de roteiros, produção e edição de programas;

MÍDIA SOCIAL: profissional que transmita conhecimento sobre a história e evolução das diversas plataformas de mídias sociais, assim como das regras de utilização e como elas podem ser utilizadas para otimizar as estratégias de comunicação e marketing na atualidade;

EDUCOMUNICAÇÃO: que tenha conhecimento sobre o uso das mídias na educação; que auxilie os participantes na produção de conteúdos educativos e na gestão democrática das mídias;

GRAFITE E ARTE URBANA: que repasse conhecimentos sobre a teoria e prática de artes visuais e a cultura urbana do grafite como forma de manifestação artística em espaços públicos;

DESENHO: que domine e transmita conhecimentos e técnicas sobre desenho à mão livre, traços, sombras e profundidade, sempre visando ao estímulo da criatividade e ao talento dos participantes e, dependendo do objetivo da oficina, que utilize situações reais para a construção de material específico;

FOTOGRAFIA: que domine e repasse aos participantes os processos de captação, armazenamento, impressão e reprodução de imagens, focando o trabalho na democratização do uso da fotografia, preferencialmente por meio das mídias móveis.

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: profissional com experiência em contação de histórias, que seja capaz tanto de levar a contação para públicos específicos quanto de formar contadores de história.

Serviço: Cadastro de monitores para o Projeto Biizu - 2018

Pelo site www.biizu.com.br, na aba “cadastro Biizu”.

Podem se cadastrar profissionais de todas as cidades paraenses. Profissionais de outros estados podem se candidatar desde que estejam morando no Pará no período de realização da oficina pretendida.

Mais informações pelo fone (91) 3202-0926 ou pelo e-mail dcpc@secom.pa.gov.br.