Defesa Civil reforça importância do planejamento a desastres hidrológicos
Planejar e saber como proceder diante de desastres hidrológicos, que costumam ser frequentes nesta época do ano na Amazônia. Esses são os desafios de profissionais que trabalham diretamente com operações de riscos e estragos produzidos pela chuva. Pensando nisso, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil reuniu representantes das Coordenadorias Municipais, nesta sexta-feira (2), para ministrar treinamento e repassar orientações durante o I Encontro de Coordenadorias de Defesa Civil (Comdec), realizado no auditório da Estação Cidadania, em Santarém, na região oeste do Pará.
Estiveram presentes representantes de 12 municípios do Baixo Amazonas (Santarém, Óbidos, Monte Alegre, Almeirim, Curuá, Mojuí dos Campos, Belterra, Juruti, Placas, Rurópolis, Alenquer e Oriximiná). Entre os temas abordados, destaque para a importância do Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil, documento que registra o planejamento elaborado previamente a partir de estudos de um ou mais cenários de risco de desastre e estabelece os procedimentos para ações de resposta de um determinado cenário de risco.
De acordo com a representante da Defesa Civil Estadual, major BM Ciléa Mesquita, o plano de ação é fundamental para definir a capacidade do município em dar a resposta a eventualidades. "Quando um desastre hidrológico acontece, o município dá a primeira resposta em relação ao desastre. Quando o município não tem condições de responder sozinho, tanto do ponto de vista de infraestrutura, pessoal e financeiro, ele pode declarar situação de emergência, uma situação em que o município pode ou não solicitar ajuda", explica a major.
Planejamento – O Tenente Coronel BM Luis Cláudio Rêgo, coordenador da 4ª Regional de Defesa Civil (4ª Redec), afirma que o encontro serviu para conhecer de que maneira os municípios do Baixo Amazonas estão se preparando para o chamado “inverno amazônico”. “Iniciou o inverno e a gente precisa saber como o município se encontra, como ele está preparado, pois de uma hora pra outra pode acontecer uma enchente rigorosa e é necessário que todos estejam preparados e alinhados dentro dos preceitos legais que reza o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, além de haver o alinhamento entre as três esferas de governo", explicou o coordenador da 4ª Redec.
Ainda de acordo com o coordenador, em 2017 vários municípios da região conseguiram recursos, a partir de relatórios de gestão à resposta de desastres em curso durante o período chuvoso. "Isso é importante para trocarmos experiências com outros municípios que têm um pouco de dificuldade para estruturar sua Defesa Civil. Até porque pra se ter acesso aos recursos é necessário seguir todos os trâmites legais", avaliou.
Para representantes de Defesas Civis de municípios, o Encontro foi de muita importância, já que as orientações repassadas vão ajudar no desenvolvimento de planos mais bem elaborados e na própria estrutura dos órgãos. "Para nós é muito bom porque é mais um aprendizado para fazermos prevenção nesse tempo de chuva. Em Oriximiná, por exemplo, ainda temos várias pessoas morando em áreas de risco, mas nossa maior preocupação são as pessoas que moram nas encostas de morros", disse o coordenador da Defesa Civil do município de Oriximiná, Paulo Paixão.
Após ter passado por Rurópolis e Santarém, no Baixo Amazonas, o I Encontro de Coordenadorias de Defesa Civil prossegue e no dia 20 chega ao município de Xinguara, no sudeste paraense.