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FEVEREIRO LARANJA

Especialista do Abelardo Santos alerta para importância do diagnóstico precoce da leucemia

Diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença aumentam as chances de cura

Por Ascom (Ascom)
22/02/2024 15h08

Ações de conscientização sobre a leucemia são intensificadas no segundo mês do ano. É que a campanha Fevereiro Laranja reforça a importância para o diagnóstico precoce da doença e a doação da medula óssea.

Iê Bentes, médica hematologista do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), no distrito de Icoaraci, em Belém, destaca alguns sinais, sintomas e enfatiza a busca de atendimento médico para a obtenção do diagnóstico precoce e terapêutica adequada para a doença.

“Na leucemia nós não temos prevenção, são neoplasias malignas, ou seja, um câncer, e o que se deve fazer, é ficar atento aos sinais e sintomas. As leucemias podem ser agudas e crônicas. As agudas são aquelas que têm um caráter rápido, de maior necessidade de identificação e tratamento. As crônicas são mais arrastadas”, explicou.

Neste último caso, a especialista detalha que o paciente pode apresentar anemia, palidez, cansaço, falta de ar e fraqueza. “É o que chamo de tríade, fraqueza, anemia, cansaço associados a quadros infecciosos e sangramentos, podem chamar a atenção para um quadro de diagnóstico de leucemia”, ressaltou.

Diagnóstico - De acordo com o Ministério da Saúde, a leucemia é um tipo de câncer que causa o crescimento acelerado e anormal nas células do sangue, responsáveis pela defesa do organismo, os leucócitos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam as chances de cura.

A hematologista ressalta que diante da suspeita, por meio dos sinais de anemia, sangramento, múltiplos processos infecciosos e cansaço, o primeiro passo é procurar um serviço médico, e além do atendimento, realizar o exame de hemograma é essencial.

“A partir do resultado pode também ser solicitado o mielograma, exame que acessa a medula óssea, e outros exames também podem ser solicitados para detectar se a leucemia é de menor ou maior risco, se o paciente vai responder melhor à quimioterapia, imunoterapia ou se precisará de transplante, ou seja, vai direcionar o tratamento, que diferem de acordo com o tipo de leucemia, que pode ser crônica ou aguda”, frisou.

A anemia pode virar leucemia? - A profissional ainda esclarece uma dúvida muito frequente entre as pessoas: a anemia pode virar leucemia? “Anemia não vira leucemia. Existem vários tipos de anemia, como a por carência de ferro, deficiência de vitamina B12, anemia mieloide, anemia falciforme, e existe uma anemia que já é da leucemia. Ela é uma leucemia da anemia, não se transformou, é uma característica da leucemia. A anemia é uma doença muito importante e precisa ser investigada e tratada, mas a anemia não vira leucemia”, enfatizou.

Campanha - Fevereiro recebeu duas cores: o roxo – como alerta aos lúpus, à fibromialgia e ao mal de Alzheimer – e o laranja. Esta última faz referência à conscientização sobre a leucemia, um dos tipos de câncer mais frequentes no Brasil, com estimativa de 11,5 mil novos casos em 2024.

“Uma das prerrogativas das unidades, é seguir com o calendário nacional do Ministério da Saúde que prevê meses específicos para tratar um tema e, assim, conscientizar a sociedade em geral. Neste mês, denominado de Fevereiro Laranja, abrimos espaço para falarmos sobre a leucemia. Dessa forma, contribuímos para conscientizar a população sobre medidas de prevenção e políticas públicas relacionadas à doença”, explicou Aline Oliveira, diretora executiva do Regional Abelardo Santos.  

 Serviço - O HRAS, administrado pelo Instituto Social Mais Saúde (ISMS), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), mantém uma Agência Transfusional que atende 340 leitos, distribuídos pelas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs), além do bloco cirúrgico e da Unidade de Urgência e Emergência.