Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE

Sespa alerta para os cuidados com as síndromes respiratórias

Por Redação - Agência PA (SECOM)
13/02/2018 00h00

Com objetivo de reduzir a mortalidade causada por complicações e as internações decorrentes de infecções por vírus respiratórios, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) orienta a população para prevenção e controle da Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Segundo a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sespa, Fátima Chaves, medidas de prevenção simples podem evitar as síndromes. “É importante reforçar para as equipes de saúde, e a população em geral, a necessidade da adoção de medidas de higiene pessoal, como a constante lavagem das mãos para a redução do risco de infecção pelo vírus”, informou.

Os sintomas da SG são febre, tosse, dores na garganta, corpo e cabeça, e mal-estar. Geralmente, os sintomas desaparecem em sete dias, embora a tosse, o mal-estar e o cansaço possam permanecer por algumas semanas. Em alguns casos, principalmente em pessoas com fatores de risco (gestantes, idosos, menores de dois anos, hipertensos, diabéticos e obesos), podem evoluir para a forma grave da doença. A SRAG se caracteriza pelos sintomas de SG acrescidos de falta de ar ou desconforto respiratório.

A pesquisa de vírus respiratório é feita para os casos de SRAG até o sétimo dia do início dos sintomas, pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). Atualmente, são notificados apenas os casos de gripe que apresentam SRAG e precisam de internação. Todos os casos de Síndrome Gripal com fatores de risco devem receber o antiviral Oseltamivir (Tamiflu), distribuído gratuitamente nos hospitais públicos e privados, e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Disseminação - Em virtude do período de chuvas aumenta a probabilidade de disseminação dos vírus respiratórios. A Sespa reitera que os profissionais de saúde precisam cumprir rigorosamente o protocolo do Ministério da Saúde em relação ao manejo clínico de pacientes com SG e SRAG. “É de suma importância que estes profissionais se atentem para o tratamento de todos os pacientes que apresentem SG com fatores de risco e SRAG, para reduzir o risco de complicações”, destacou Fátima Chaves.

Além da lavagem das mãos com água e sabão, outras medidas de controle que devem ser seguidas são: proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) boca e nariz ao tossir ou espirrar; pessoas com SG devem evitar aglomerações em ambientes fechados e contato com outras pessoas; ficar em repouso; manter alimentação balanceada, aumentar a ingestão de líquidos e evitar o compartilhamento de utensílios como pratos, copos e talheres; gestantes, grupos de risco e pessoas com sinais de agravamento do quadro devem buscar o mais rápido possível o serviço de saúde.

A Sespa, por meio da Divisão de Vigilância Epidemiológica, desenvolve constantemente estratégias de monitoramento das SG e SRAG. A Secretaria está intensificando o trabalho de sensibilização das equipes de hospitais e unidades de saúde dos municípios para notificação e manejo clínico do paciente, além da investigação de todos os casos suspeitos.

Casos - No Pará, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) Influenza Web, até outubro de 2017 foram notificados 776 casos de SRAG. Os municípios que mais notificaram casos foram Altamira, Belém e Castanhal.

Dos casos notificados de SRAG, 35% realizaram coleta de secreção de nasofaringe para exame laboratorial. Destes, 13,3% tiveram resultado positivo para vírus respiratório. Neste ano, até o momento foram seis casos de SG notificados e 22 casos de SRAG, sendo um positivo para vírus sincicial respiratório (VRS) e outro caso positivo de metapneumovírus (MPV).

Vacinação - Anualmente é realizada no Brasil a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, que este ano ocorrerá no período de 16 de abril a 25 de maio. Paralelamente, o grupo técnico responsável pela vigilância estadual da influenza se mantém alerta, monitorando os casos. “A meta do Pará é alcançar a cobertura vacinal de 90% na população mais suscetível a desenvolver a forma grave da doença. A vacina protege contra três tipos de vírus: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e o Influenza B”, informou a coordenadora estadual de Imunização, Jaíra Ataíde.

Podem receber a dose da vacina idosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a menores de 5 anos, indígenas, gestantes, puérperas, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional, profissionais de saúde, professores de escolas públicas e privadas, pacientes com doenças crônicas do pulmão, coração, fígado e rim, além de diabéticos, transplantados e com imunossupressão.