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Concerto celebra 140 anos do Theatro da Paz e homenageia Waldemar Henrique

Por Redação - Agência PA (SECOM)
16/02/2018 00h00

Os sons tradicionais de ritmos da Amazônia se misturaram com arranjos jazzísticos na noite de quinta-feira (15), no concerto “Celebrando o Theatro da Paz e Waldemar Henrique”, realizado pela Amazônia Jazz Band para comemorar os 140 anos do teatro e os 113 anos do maestro paraense, um dos mais importantes do país. Com a regência do maestro Nelson Neves, a noite teve uma convidada especial que encantou a plateia com seu tom de voz, a cantora Simone Almeida. O evento foi uma realização do Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e da Academia Paraense de Música (APM).

Para começar o espetáculo, “Foi Boto, Sinhá”, composição de Waldeco - como é carinhosamente chamado o regente e compositor - com arranjo de Tynnoko Costa, já arrebatou o público: sons de pássaros, barulhos de folhagens em movimento, de água. Um pouco da floresta era possível ouvir, de forma instrumental, em excelente execução dos músicos da big band. Logo depois, uma composição norte-americana deu o tom da noite de gala. Com sonoridade marcante, “The Phat Pack”, de Gordon Goodwin, mostrou como o jazz clássico pode combinar com a sonoridade da nossa região.

O maestro Nelson Neves, como de costume, fez questão de explicar o motivo do início do repertório do concerto, que durou mais de uma hora e meia, com a casa lotada. “Essa música foi feita na era de ouro do jazz para homenagear o ‘pacote’ de três grandes ícones, Frank Sinatra, Sammy Davis Jr e Dean Martin, e tem tudo a ver com a nossa noite de comemorações hoje”, comentou.

O ecletismo musical veio com composições em ritmos de maracatu, samba, boi-bumbá, MPB, com “Maracatu”, de Waldemar Henrique, “Ponteio”, de Edu Lobo. Simone Almeida entrou logo após, interpretando as clássicas do maestro: “Uirapurú”, “Minha Terra”, Coco Peneruê” e “Boi Bumbá”. Para encerrar, ainda em tom de carnaval, o público conferiu “Baião de Lacan” e o pout-pourri “Trem da Onze, Disparada, Cidade Maravilhosa”. Ao final, um coro de “Parabéns para você” foi puxado e o público cantou a tradicional canção de felicitação. E ainda teve bis, a pedido da plateia.

E quem fez questão de conferir esse espetáculo foi dona Ivanilsa Abreu, que teve a oportunidade de ser aluna do maestro Waldemar Henrique. “Eu vi a chamada na televisão e não quis perder. E valeu muito a pena, me emocionei várias vezes lembrando dele. Essas músicas todas ele cantava conosco e foi importante para nossa formação”, disse, emocionada.

Os jovens também foram ao teatro, como Túlio Aquino, 26, biólogo. “Gosto muito da banda e ano passado pude vir no concerto com temas de filmes, das trilhas sonoras do cinema. Agora, a minha irmã me fez o convite e viemos, passei a gostar mais de jazz e de música clássica também. Hoje foi um prazer ouvir as músicas do Waldemar Henrique, que eu só conhecia mesmo ‘Uirapuru’”, contou.

Também foram ao teatro as estudantes Beatriz Rodrigues, 20, e Manuela Lourenço, esta de Fortaleza, e que aproveita o tempo em Belém como aluna do Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba) para desfrutar da cidade. Pela manhã, ela já havia ido ao Theatro da Paz conferir a visita guiada. “É a primeira vez que fico mais tempo aqui, então, quis conhecer mais a história do teatro. Fico feliz de estar numa cidade que prestigia a cultura. Hoje é a primeira vez que fui ver um concerto da Amazônia Jazz Band, aproveitando a folga da semana, com o carnaval”, disse.

Texto: Dominik Giusti