Emater promove oficina para incentivar cadeia produtiva da mandioca em Nova Ipixuna
Técnicos da empresa acompanham as cultivares BRS Poti e BRS Mari, e as variedades Manivão e Jurará, entregues pela Sedap
Com o objetivo de incentivar a cadeia produtiva da mandioca no município de Nova Ipixuna, no sudeste do Estado, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), por meio do Escritório Local, promoveu na quarta-feira (22) uma oficina sobre tecnologias de cultivo ao beneficiamento da mandioca.
O evento ocorreu numa propriedade de agricultura familiar, no Projeto de Assentamento (PA) Fortaleza. O local foi selecionado em 2022 para receber da Emater manivas, com sementes de duas cultivares (BRS Poti e BRS Mari) e duas variedades (Manivão e Jurará). A ação compõe o projeto de fomento desenvolvido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Agricultura e Pesca (Sedap).
As cultivares foram entregues pela Sedap e coube à Emater a função de auxiliar na distribuição aos agricultores. Além do PA Fortaleza, foi beneficiada uma família de agricultores do Projeto de Assentamento Casarão.Oficina une conhecimento científico aos saberes dos produtores rurais
Técnicas de cultivo - A oficina trouxe conhecimentos sobre as principais técnicas de cultivo da mandioca, avaliação da produtividade de diferentes cultivares e seus possíveis rendimentos para produção de farinha e outros derivados, compartilhamento dos processos de beneficiamento e suas principais estratégias de comercialização.
“O objetivo do trabalho foi acompanhar o cultivo, no modo de fazer do agricultor, com as tecnologias de que ele dispõe, e observar os resultados”, explicou o coordenador local da Emater em Nova Ipixuna, Genival Reis dos Santos.
A Emater planeja implantar uma Unidade de Multiplicação de Mandioca, das cultivares BRS Poti e BRS Mari, e das variedades Manivão e Jurará, no lote de uma família de agricultores. O objetivo principal do projeto é, após a colheita, distribuir o material das cultivares ou variedades mais promissoras para os agricultores familiares do município, além de mapear e categorizar casas de farinha, e identificar os canais e rotas de comercialização do município, para expandir as oportunidades de mercados e negócios para a cadeia da mandioca.
Comparar resultados - “No final 2023, a ideia é plantar novamente as mesmas variedades em uma unidade demonstrativa na mesma área, com todas as técnicas preconizadas pela ciência, para comparar os resultados de desempenho do primeiro cultivo com os dados que serão obtidos na unidade, promovendo desta forma, de modo processual, a construção de conhecimento e o intercâmbio de informações entre agricultores e técnicos”, informou Genival Reis dos Santos.
A oficina contou com 30 participantes, entre agricultores, técnicos e autoridades do município.
“Este trabalho com a mandioca é um exemplo de assistência técnica continuada, que tem proporcionado excelentes resultados para os agricultores”, disse o supervisor da Emater Regional Marabá, o engenheiro florestal Fernando Araújo.
Texto: Sarah Mendes - Ascom/Emater