Uepa, Ideflor-Bio e Cirad celebram cooperação para restauração florestal
Acordo prevê ações ambientais em benefício da Terra Indígena Alto Rio Guamá, em Santa Luzia do Pará, Nova Esperança do Piriá e Paragominas
A Universidade do Estado do Pará, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e Centre de Coopération Internationale En Recherche Agronomique Pour Le Développement (Cirad) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), na tarde desta sexta-feira (29), no Espaço São José Liberto. Participaram do momento o reitor da Uepa, Clay Chagas, o titular do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, e o representante do Cirad, Pierre Marraccini.
A assinatura estabeleceu a parceria para execução do projeto de apoio à gestão e a restauração florestal da Terra Indígena Alto Rio Guamá, nos municípios de Santa Luzia do Pará, Nova Esperança do Piriá e Paragominas.
O termo firma também o subsídio para realização de ações voltadas para o fortalecimento da Gestão e Desenvolvimento Florestal e de apoio a execução da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial das Terras Indígenas (PNGATI) no Pará.
O reitor da Uepa, professor Clay Chagas, destacou o papel dos indígenas na conservação da floresta: “os indígenas são, de fato, os guardiões das florestas e eles sabem os esforços que estão sendo feitos para para manter a floresta em pé e esse projeto é um apoio. Um reflorestamento, de fato, para que possamos expandir as áreas, pensando nas espécies, mas principalmente, pensando nas pessoas”.
Pierre Marraccini, do Centre de Coopération Internationale En Recherche Agronomique Pour Le Développement (Cirad) apontou: “tem que proteger a Amazônia e combater o desmatamento, para tentar corrigir os erros do passado, através do reflorestamento”.
A região do Alto Rio Guamá é o último refúgio no nordeste paraense e tem espécies importantes de fauna e flora, portanto, a preservação é vital à manutenção das florestas e das espécies de animais existentes.
A Uepa informou que vem desenvolvendo atividades como a criação de áreas de coletas de sementes para a conservação das espécies florestais e formação de indígenas para que eles se tornem agentes agroflorestais nas áreas definidas.
Para o professor Seidel Ferreira Santos, do Programa de Pós-graduação em Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade na Amazônia (PPGTEC) e docente do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia da Uepa, um dos representantes da instituição no desenvolvimento dos projetos, o convênio, “permite que a gente possa fazer o trabalho no aspecto legal e ético, junta órgãos e entidades que tem como objetivo o desenvolvimento humano, a melhoria da qualidade de vida na Amazônia e a conservação das florestas”.
Seidel Ferreira Santo também destaca que, como o Pará será sede da COP-30, em 2025, é essencial que os órgãos que atuam na área de desenvolvimento sustentável estejam alinhados. Por fim, ele aponta que “as cooperações são importantíssimas para o desenvolvimento rural e sustentável com os povos originários”.