Fapespa cumpre papel de incentivo à ciência durante o 'Diálogos Amazônicos'
O gestor da instituição, Marcel Botelho, destacou que o desenvolvimento regional deve considerar o crescimento econômico e a qualidade de vida da população
“Decisões de gestores devem ser pautadas na ciência”, afirma o governador do Pará, Helder Barbalho. E como principal responsável pelo fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no Estado, a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) cumpriu o seu papel de incentivar e acompanhar as discussões científicas durante o evento “Diálogos Amazônicos”, realizado nos últimos três dias, em Belém. Dirigentes, pesquisadores e projetos apoiados pela Fundação participaram ativamente da programação.
Na abertura do evento, na sexta-feira (4), o diretor-presidente da Fapespa, Marcel Botelho, mediou a mesa “Inovação Orientada para Missões para alavancar as Bioeconomias da Amazônia”, organizada pela Iniciativa Amazônia+10, formada por 25 Fundações de Amparo à Pesquisa estaduais, com ênfase no apoio e na transição para um modelo de desenvolvimento sustentável na região por meio da CT&I.
A discussão ocorreu em um momento oportuno para o Pará. De forma inédita no Brasil, o Estado foi o primeiro a construir um Plano de Bioeconomia (PlanBio), junto com as comunidades tradicionais que trabalham com os ativos naturais e protegem a natureza.
Um dos consensos na atividade liderada pela Fapespa foi de que há um grande desafio para as populações amazônidas na inserção nos mercados nacionais e internacionais, que não seja apenas como fornecedoras de matérias-primas. Uma das saídas é gerar produtos de alto valor agregado, com base na combinação de conhecimentos tradicionais e novas tecnologias, um dos focos do PlanBio.
“A Fapespa cumpre o seu papel, ajuda o Governo do Pará a promover uma bioeconomia pujante, que vai definitivamente ser a solução para nossa Amazônia, para um desenvolvimento que leve em consideração não só o crescimento econômico, mas também das pessoas, a qualidade de vida. Isso é essencial”, disse Marcel Botelho.
Pesquisa - Bolsista da Fapespa com o Projeto “Melhoramento de Produtos e Processos de Recobrimento de Sementes de Pimenta-do-Reino com suspensão polimérica à base de amido de Mandioca”, a pesquisadora Maria Jaqueline Silva participou de várias plenárias, mas destacou três que considera importantes para o Estado.
“Primeiro, 'Economia Circular na Amazônia, regeneração da natureza a partir do design e modelos de negócios', uma temática de extrema relevância que visa minimizar o desperdício e tornar o máximo possível do uso de recursos em um 'ciclo fechado' de desenvolvimento, produção, uso e reciclagem. Segundo, sobre 'Educação, ciência, tecnologia e inovação para a Amazônia do século XXI', mediado pela Fapespa. Precisamos entender o quanto o incentivo à ciência e tecnologia é importante. Por último, destaco os 'Diálogos ApexBrasil', a biosocioeconomia da região amazônica, que traz reflexão sobre os complexos componentes biológicos, sociais e psicológicos da Amazônia, como garantir o equilíbrio ambiental e o bem-estar das comunidades locais”, informou a pesquisadora.
Para Marcel Botelho, “a diversidade de discussões como as que aconteceram nos 'Diálogos Amazônicos' trazem conteúdos de diferentes pontos de vista, essencial para a construção de uma solução coletiva. A Fapespa sai mais fortalecida, uma vez que viu vários de seus projetos e pesquisadores atuando diretamente nas discussões, liderando reuniões e plenárias, podendo trazer os seus conhecimentos não só em grande volume, mas também em qualidade”.