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Hospital de Clínicas ressalta importância dos cuidados renais entre diabéticos

A unidade hospitalar, que é referência em nefrologia no Estado do Pará, registrou 1.452 consultas médicas dentro da especialidade, entre os meses de janeiro a maio de 2023

Por Rafaela Palmieri (SESPA)
20/07/2023 17h15

A diabetes (diabetes mellitus) é uma doença crônica caracterizada pelo aumento do açúcar no sangue devido à falta ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia ao organismo. Quando esse hormônio está em falta, ou quando não está agindo corretamente, ocorre o aumento de açúcar no sangue e, consequentemente, a doença. A enfermidade pode causar complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos, podendo ser fatal em casos graves.

O  diabético precisa controlar os níveis de açúcar no sangue com dieta balanceada, medicamentos e atividades físicas frequentesDados divulgados pela Sociedade Brasileira de Diabetes mostram que existem, atualmente, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, representando 6,9 % da população nacional. Para Michel Zigmantas, médico e residente em nefrologia da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), em Belém, a doença renal é uma das complicações causadas pela diabetes. “Aproximadamente 40% dos diabéticos podem desenvolver complicações renais. Por isso, é fundamental seguir medidas de prevenção deste agravo de saúde”, explicou.

“A dieta é o primeiro ponto de prevenção. Uma dieta que tenha, de preferência, alimentos naturais como frutas, verduras, legumes e proteínas de origem vegetal. A partir disso, é importante que o diabético esteja sempre controlando os níveis de açúcar no sangue com dieta balanceada, medicamentos e atividades físicas frequentes. Já para os pacientes que são fumantes, a interrupção do tabagismo é outro fator chave na prevenção”, ressaltou Michel.

O médico orienta, ainda, a importância de um acompanhamento médico especializado e a realização de exames específicos que irão identificar a sobrecarga do rim na pessoa que tenha diabetes. “A partir do momento em que a pessoa tenha diagnosticado a doença, é necessário fazer exames como a dosagem de creatinina e ureia no sangue e a dosagem de proteínas da urina, que podem sugerir deficiências da função renal”, concluiu.

Veja quais são os diferentes tipo de diabetes de acordo com a causa

- Diabetes tipo 1: Acontece quando a produção de insulina pelo pâncreas é insuficiente devido a um defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem esse hormônio. É o tipo menos comum e surge desde o nascimento, atingindo cerca de 5 a 10% de pessoas com a doença;

- Diabetes tipo 2: Afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, de modo que o paciente pode apresentar resistência aos efeitos da insulina ou não produzir insulina suficiente para manter um nível de glicose normal. É o tipo mais comum, afetando cerca de 90% das pessoas com diabetes.

- Pré-diabetes: Ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos que o normal, mas ainda não são caracterizados como diabetes tipo 2. Nesse caso, o paciente tem potencial para desenvolver a doença. Portanto, é um sinal de alerta, principalmente para pessoas com fatores de risco como sobrepeso, obesidade e hipertensão.

- Diabetes gestacional: É o aumento da resistência à ação da insulina na gestação, levando ao aumento nos níveis de glicose no sangue, diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto.

Referência - A nefrologia é uma das especialidades da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, tendo como principal objetivo atender aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que tenham algum agravo à sua saúde renal nas suas diversas possibilidades. A Fundação dispõe de infraestrutura para atendimento de pacientes renais, com máquinas dialisadoras e serviço de internação aos usuários já cadastrados na instituição