Escola da rede estadual desenvolve projeto sustentável que reutiliza papel descartado
Papéis usados em provas, apostilas e comunicados são reutilizados pelos alunos para produção de obras artísticas
Com o intuito de promover a consciência ambiental entre os alunos e a comunidade escolar, a Escola Estadual Ruth dos Santos Almeida, em Belém, desenvolveu o projeto “Fazendo o Meu Papel”, cujo objetivo é ampliar e fortalecer as práticas sustentáveis com destaque para a importância da reciclagem de papel.
Papéis usados em provas, apostilas e comunicados são reutilizados pelos alunos para produção de obras artísticas, com o objetivo de mostrar de que forma o material pode ser reaproveitado, ao invés de ser descartado no lixo, contribuindo para a manutenção do meio ambiente.
Ducilei Brás - professoraA professora Ducilei Brás destacou a importância de projetos como este para a comunidade escolar, onde o excesso de papel que iria ser descartado de forma inadequada é reaproveitado em forma de arte, estimulando os alunos a se conscientizarem sobre a importância da sustentabilidade.
“Isso foi muito bom, porque a gente conseguiu recriar, a partir do que ia ser descartado, e chamou muita atenção, trabalhou a imaginação, a criatividade e, isso foi muito além da escola, porque as próprias famílias seguiram envolvidas e nos apoiaram”, disse a professora.
O estudante João Monteiro é aluno do 1º ano, e falou sobre sua experiência em ter participado do projeto, onde pôde colocar a criatividade em prática por meio dos trabalhos realizados e disse que isso o conscientizou sobre o reaproveitamento do papel.
“Tanto eu, quanto minha família, passamos a não descartar muitas coisas, passei a pensar que nem tudo é lixo. Tem certos tipos de papel, de jornal que antes eu jogava fora, hoje em dia eu guardo, tenho uma caixa embaixo da minha cama para guardar papel, jornal, porque quando tiver esses projetos ou algo do tipo, já terei mais material pra fazer o meu projeto”, disse o aluno.
De acordo com a professora Ducilei, o próximo passo é dar continuidade ao projeto, desenvolvendo novas técnicas para trabalhar com obras em alto relevo, para pessoas com deficiência visual ou pessoas cegas. “E é isso que a gente quer: disseminar essa ideia, poder incluir também pessoas com deficiência visual e mostrar a importância da preservação ambiental, mostrar como é importante o trabalho que envolve a sustentabilidade, reaproveitando, reutilizando e reciclando”, completou a professora.
A aluna Keliane dos Santos, de 16 anos, destacou a satisfação em participar do projeto, que proporcionará a oportunidade de confeccionar obras em alto relevo para ajudar pessoas com deficiência visual, além de presentear amigos e familiares.
“O que eu mais gostei no projeto foi o trabalho do papel machê, os objetos podem ser identificados pelo toque. Eu fiz o meu gato, o “Xernoba”. Aí, esse foi o trabalho em que eu mais me identifiquei, gostei tanto que estou até querendo fazer mais para presentear algumas pessoas próximas”, disse ela.
O “Fazendo o meu papel” é um dos projetos que compõem a área de projetos permanentes do Ensino Médio Integral da escola e será desenvolvido nos horários previstos no cronograma escolar, por meio de aulas teóricas e oficinas diversificadas com abordagem de diferentes técnicas artísticas como plataforma para arte como: a colagem, a modelagem, recortes, escultura, o desenho, a pintura, o quilling e a dobradura, nos espaços de sala de aula, laboratório de informática, laboratório de ciências e área comum da escola.
Após o encerramento de cada oficina haverá uma exposição das atividades desenvolvidas pelos alunos. As atividades do projeto serão retomadas em agosto pela unidade estadual.
Texto: Clayton Santos com colaboração de Igor Oliveira (estagiário/Ascom Seduc)